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30 janeiro, 2023

Taurus Armas: os motivos de ser uma empresa antifrágil


*LRCA Defense Consulting - 29/01/2023

Como o erro e o imponderável são fatores sempre presentes na vida, não há como evitá-los, por melhor, mais detalhado e mais ponderado que o planejamento seja feito. No entanto, o caos, o imprevisto e o indesejado gerados por tais situações podem ser positivos, desde que sejam bem aproveitados, e é nisso que se baseia o conceito de antifragilidade.

Antifrágil é um adjetivo utilizado para descrever organizações ou pessoas que se fortalecem e florescem com o caos. A antifragilidade é uma característica diferente da robustez e da solidez, porque além de serem fortes o suficiente para aguentar um choque, tais organizações e pessoas se desenvolvem devido aos choques e crises.

O conceito foi desenvolvido por Nassim Nicholas Taleb, professor, trader e gerente de um hedge fund, em seu livro "Antifrágil: coisas que se beneficiam com o caos", lançado em 2012.

A antifragilidade consiste em uma característica pela qual as adversidades, especialmente as imprevistas, não são superadas por uma reação, que pode ser impensada e não planejada, mas pela aceitação estratégica. Nesse caso, aceitar não significa permanecer resignado perante um problema, mas entender o contexto em torno de um imprevisto no menor prazo possível, aprender com isso e tomar as melhores decisões consequentes.

A questão aqui é entender que certas coisas, depois que acontecem, provocam mudanças tão profundas que não há remédio que não seja se ajustar rapidamente, encarando o indesejável não como um problema, mas sim como uma oportunidade.

Ser antifrágil, portanto, significa se colocar em posição proativa e consciente, aceitando que a vida, o trabalho e os negócios sempre apresentam fatos novos e inesperados.

A antifragilidade, então, é a resposta mais indicada para lidar com situações que fogem à previsibilidade, à compreensão ou ainda são complexas demais para ser entendidas, pelo menos no curtíssimo ou curto prazo. Trata-se de um novo parâmetro comportamental e estratégico, uma vez que sua premissa é: "não rejeite o imprevisto, mas o abrace quando ele aparecer".

Assim, ser antifrágil significa aceitar a realidade tal como ela se apresenta e não como gostaríamos que fosse, lidando com as situações imprevistas, na vida e nos negócios, de maneira a aprender com elas, assimilando os impactos, extraindo lições valiosas, melhorando as habilidades e aptidões pessoais e/ou da equipe e se mantendo fiel aos seus objetivos.

Quanto mais houver exposição às incertezas, mais utilidade será encontrada no conceito antifrágil. E se as coisas vão bem, ele também serve como um poderoso antídoto contra a acomodação, evitando consequências às vezes irreversíveis.


O caso da Taurus Armas
Na primeira década deste século, a Taurus Armas (então Forjas Taurus) era uma empresa pujante com unidades fabris no Brasil e nos EUA, para onde exportava cerca de 85% de seus produtos. Nos Estados Unidos, seus revólveres e pistolas já eram um sucesso, especialmente os disruptivos revólveres das séries Judge e Taurus Bull, e a pistola PT92.

Em 2007, as ações da empresa bateram recordes de valorização, embaladas pelo melhor  desempenho  comercial  de  sua  história até então, chegando ao pico de R$ 58,88 ou cerca de US$ 30,00 em valores da época.

No entanto, em 2008, a Taurus começou o seu "inferno astral", que se estenderia até 2014/2015, quando, em meio a escândalos administrativos, com uma dívida elevada e em vias de pedir recuperação judicial, foi vendida para a CBC.

É relevante lembrar que em 2008 aconteceu uma das maiores crises financeiras internacionais desde o crash da bolsa em 1929, atingindo em cheio os Estados Unidos e impactando duramente as vendas da Taurus naquele país, seu maior cliente, causando também grandes perdas nas principais ações brasileiras.

Junto com um cenário internacional totalmente adverso e com uma grande retração nas vendas nos EUA, a empresa passou a sofrer também graves problemas administrativos diversos que causaram repercussões na imprensa e fizeram com que as ações fossem desvalorizadas. Além disso, a partir de abril de 2010, as ações sofreram com alguns mal planejados desdobramentos e grupamentos. Com outros graves problemas administrativos vindo à tona, entre altas e baixas, as ações atingiram um valor mínimo de apenas R$ 1,00 no final de 2015, permanecendo na faixa de R$1,xx a R$ 2,xx por quase três anos.

Em 2015, a CBC – Companhia Brasileira de Cartuchos passou a exercer seus direitos como controladora da Taurus, resultado de um movimento que teve início em 2014 com a compra de ações da companhia e, posteriormente, com um processo de aumento de capital.

Quando a CBC adquiriu o controle da Taurus, Salesio Nuhs era o Vice-presidente Comercial e de Relações Institucionais da CBC e passou a ocupar também o cargo de Vice-presidente de Vendas e Marketing da empresa gaúcha, sendo promovido ao cargo de CEO Global em janeiro de 2018.

Experiente, dinâmico, proativo e um grande estrategista, o executivo atua há 32 anos no segmento de armas e munições e é uma das mais importantes referências nesse mercado, possuindo um amplo e profundo conhecimento de sua operação e dos mercados brasileiro e internacional. Nuhs é também Presidente Taurus Holdings, Inc. (Taurus USA), da Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições – ANIAM desde 2012 e membro do Conselho Consultivo do Sistema de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército Brasileiro.

Em 2005, quando o governo pretendia acabar com o comércio e o uso de armas no Brasil através de um referendo, Salesio Nuhs - como é do seu feitio arrojado - assumiu a liderança nacional do movimento contrário, resultando em uma esmagadora vitória do "Não" com a maior votação que um pleito já teve no País.


Após fazer um diagnóstico inicial da Taurus e retirá-la das antigas instalações em Porto Alegre no ano de 2015, centralizando a produção em São Leopoldo, a CBC, tendo Salesio como ponta de lança, passou a promover uma robusta reengenharia na filosofia empresarial e nos processos tecnológicos, operacionais e administrativos que acabaram por transformar radicalmente a “velha Taurus".

A "nova Taurus" atuou de forma decisiva na redução de custos e desperdícios, realizando análises dos giros de estoques de matérias primas e maior frequência de inspeção para redução de perdas, bem como constantes auditorias e identificação de oportunidades com fornecedores e outros parceiros.

O moderno mix de armas, especialmente as desenvolvidas a partir de 2017, passou a ter foco no tripé Inovação, Tecnologia e Qualidade. Neste último quesito, a empresa estabeleceu padrões superiores às normas técnicas exigidas pelo mercado internacional.

Em termos operacionais, as diversas mudanças focaram em oferecer produtos de qualidade, com tecnologia incorporada, competitivos no mercado mundial e que proporcionassem maior rentabilidade para a operação. Foram adotados e desenvolvidos processos operacionais eficientes e robustos, proporcionando estabilidade na produção. Foi também retirada a interferência de colaboradores no ajuste de peças na montagem das armas, de modo que o processo de produção garantisse a máxima qualidade.

Assumindo como CEO Global da empresa em 2018, Salesio Nuhs montou uma competente equipe de executivos e impulsionou decisivamente as transformações, realizando o mais icônico turnaround empresarial deste século no Brasil, tanto na unidade brasileira como na americana, onde mudou a sede para a Georgia em 2019 (com muitas vantagens), trocou o CEO local por um executivo dinâmico e experiente, e dinamizou os processos de produção, vendas, marketing e inteligência de mercado, passando a responder prontamente às necessidades e desejos dos consumidores.

Com relação à dívida, desde que a nova equipe assumiu, estabeleceu um rígido controle de despesas e do custo final, que começa já no Departamento de Engenharia, quando novos produtos são planejados e desenvolvidos. Aliando este fato a toda uma reengenharia financeira, o que se vê hoje é que a alavancagem da companhia, medido pela relação do EBITDA dos últimos 12 meses sobre a dívida líquida em 30/09/22, caiu de um índice de 11,2 (em 2014) para apenas 0,23 ao final do 3T22, mostrando que 23% da geração de caixa anual medida pelo EBITDA seria suficiente para quitar a totalidade da dívida bancária registrada em 30/09/2022.


Salesio também criou o CITE - Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil/EUA, centralizando no Brasil todo o desenvolvimento de novas armas e tecnologias disruptivas, como grafeno, nióbio, DLC e polímero de fibras longas. O CITE é alimentado pelo Setor de Inteligência de Mercado da empresa, que procura antecipar tendências e necessidades dos consumidores.

Em 2020, a empresa firmou uma joint venture com o poderoso Grupo Jindal para produzir armas leves na Índia. A fábrica, que deverá entrar em operação em breve, já está participando de vultuosas licitações para fornecer armas às enormes forças armadas, policiais e paramilitares desse país, bem como a seu inexplorado e gigantesco mercado civil.

O executivo e sua equipe criaram um projeto estratégico de expansão 2020/2025, com o objetivo de tornar a Taurus a maior e melhor fabricante mundial de armas leves, o que já foi alcançado com três anos de antecedência. Nesse bojo, foi estabelecido um Condomínio de Fornecedores junto à empresa e estão para entrar em operação as moderníssimas Células de Manufatura Autônomas, baseadas em robotização e inteligência artificial, que trabalharão por meio de Processos Tracionados de Valor.

Juntamente com o processo de Trem Logístico que está sendo estabelecido e a construção de novas instalações (CITE, Estande de Tiro, Centro de Logística, laboratórios e administração), a síntese culminará na transformação da Taurus em uma Indústria 4.0, possibilitando que a empresa passe a ser também um hub de fornecimento de produtos acabados, kits e peças para as unidades dos EUA e da Índia.


O elevado padrão de qualidade, tecnologia e inovação que passou a caracterizar a Taurus, especialmente a partir de 2018, já recebeu diversas premiações nacionais e 38 prêmios internacionais, entre eles os mais importantes da indústria de armas dos Estados Unidos. A marca é detentora de sete prêmios concedidos pela National Rifle Association, uma das premiações de maior prestígio na indústria de armas de fogo nos Estados Unidos, e seus produtos foram eleitos 14 vezes como a arma do ano. Desde 2018, a Taurus vem conquistando aproximadamente três grandes prêmios americanos a cada dois anos.

Recentemente, em face da inequívoca intenção do governo de desarmar o cidadão de bem e de desarticular a indústria e o comércio de armas leves, Salesio Nuhs - fazendo jus ao seu passado de lutas em prol do mercado brasileiro de armamento leve e do direito inalienável de os cidadãos poderem exercer com liberdade a legítima defesa pessoal, de sua família e de seus bens - chamou para si a difícil missão de tentar salvar o mais importante, ou seja, procurar preservar e defender o setor, lutando pela manutenção de dezenas de milhares de empregos e pelo direito de milhões de brasileiros que não estão no meio dessa discussão, mas agindo com oportunidade, racionalidade, coragem e responsabilidade para fazer o certo e conquistar o que é possível dentro do atual cenário.

Em síntese, sob a proativa liderança de seu CEO Global e de seus executivos, a Taurus está fazendo com maestria o seu dever de casa, ou seja:
- completou seu turnaround, focando em qualidade, tecnologia e dinâmica de vendas/distribuição;
- aumentou significativamente seus números (produção, vendas, lucros, EBITDA), a ponto de se tornar referência mundial no mercado e a maior vendedora de armas leves do mundo;
- diminuiu drasticamente seu endividamento e alavancagem para números totalmente confortáveis;
- surfou nos anos atípicos de 2020 e 2021, obtendo resultados históricos;
- aumentou seu market share no atual maior mercado mundo (EUA);
- em breve começará a produzir na Índia, país que representa o maior e mais inexplorado mercado mundial militar e civil para armas leves modernas;
- recomeçou a pagar dividendos significativos a seus acionistas em 2022 e tornou isso um objetivo estratégico daqui para a frente, inclusive com pagamentos trimestrais;
- pretende realizar eventuais recompras de ações para valorizar o capital de seus acionistas;
- está se organizando para ingressar no cobiçado mercado de Law Enforcement (agências de aplicação da lei) nos EUA.

Antifragilidade
Uma empresa com mais de 3.000 funcionários que, em 2014, estava em estado pré-falimentar, enfrentando um caos de dívidas e problemas administrativos de toda a ordem, só sai dessa situação e se torna a maior vendedora de armas leves do mundo (com alavancagem inexpressiva, com múltiplos prêmios de qualidade no mais exigente mercado mundial e com tecnologias disruptivas) se tiver uma característica decisiva: a antifragilidade.

É por ser antifrágil que a Taurus não somente enfrentou e sobreviveu à grave crise que a assolava, como cresceu e floresceu com ela. Entendendo o que se passou e aceitando essa condição, a empresa, com uma atitude proativa, oportuna e consciente, aprendeu com seus erros e evoluiu a partir disso.

Um dos mais recentes exemplos de sua antifragilidade aconteceu quando o mundo enfrentava a maior das pandemias e, concomitantemente, os EUA tiveram uma conturbada eleição presidencial, gerando algo como uma "tempestade perfeita" que levou os norte-americanos a adquirir armas em volumes muitos superiores à antiga normalidade. Nesse caso, em uma perspectiva antifrágil, a Taurus percebeu a crise e, rapidamente, respondeu com as medidas logísticas e operacionais necessárias, surfando nessa demanda e obtendo seus melhores e históricos resultados. Graças a isso, aumentou decisivamente seu market share nos EUA e se tornou a maior vendedora de armas leves do mundo.

No entanto, como afirmava Oliver Wigh, mesmo com a transformação digital (e todos os demais processos ultramodernos), nos dias de hoje são as pessoas que continuam tomando decisões e fazendo a diferença nas empresas.

No caso da Taurus, não há dúvidas de que um nome se destaca. Além de sua competência, proatividade, senso de estratégia, capacidade de enfrentar as crises e de aprender com os erros, Salesio Nuhs se enquadra perfeitamente no conceito de uma pessoa e de um administrador antifrágil, capaz de tomar decisões acertadas no meio do caos, de modo a torná-lo uma oportunidade, como fez com a Taurus.

Além disso, Salesio também se caracteriza por saber escolher, liderar e motivar os principais colaboradores da empresa, haja vista ter montado uma invejável equipe de competentes e dinâmicos executivos que colaboram decisivamente para que os objetivos da Taurus sejam atingidos. Os permanentes exemplos de trabalho, de dedicação e de seriedade de Salesio Nuhs e de seus executivos são os faróis que estimulam e  conduzem os mais de 3.500 colaboradores da empresa, engajando-os e os tornando partícipes decisivos nas inegáveis conquistas da empresa.

*Esta matéria contou com a colaboração do engenheiro e investidor Christian Lima.

*Os conceitos sobre antifragilidade foram recolhidos, compilados e adaptados de publicações existentes na Internet.

15 maio, 2024

Números e informações do 1T24 da Taurus reforçam sua característica antifrágil


*LRCA Defense Consulting - 15/05/2024

No final de janeiro de 2023, esta Consultoria discorreu longamente sobre os motivos de a Taurus Armas ser uma empresa antifrágil.

Lembrando que antifrágil é um adjetivo utilizado para descrever organizações ou pessoas que se fortalecem e florescem com o caos. A antifragilidade é uma característica diferente da robustez e da solidez, porque além de serem fortes o suficiente para aguentar um choque, tais organizações e pessoas se desenvolvem devido aos choques e crises.

Após analisar os números e as informações constantes no seu balanço do 1º trimestre de 2024 e constatar que todos os indicadores tiveram acentuada melhora em relação ao trimestre anterior, mesmo "contra tudo e todos", verifica-se que a Taurus Armas continua sendo um legítimo exemplo de antifragilidade, haja vista que:

- durante o período da pandemia se tornou a maior vendedora de armas leves do mundo e até hoje continua ostentando os melhores indicadores mundiais, ao contrário de suas concorrentes;

- mesmo com um ano e três meses de estagnação no mercado interno, a empresa permanece lucrativa, resiliente e em franco crescimento;

- ingressou no mercado indiano e já está operando a JD Taurus, uma JV com um dos maiores grupos locais, com enormes perspectivas nos segmentos de armas militares, de segurança e civis, cujo desenvolvimento poderá mudar radicalmente as perspectivas da empresa;

- está próxima de formar uma joint venture no Reino da Arábia Saudita, ficando em condições de se tornar a fornecedora oficial de armas leves para o Reino no âmbito da iniciativa governamental saudita Vision 2030, bem como para outros países do Oriente Médio, região onde não tem penetração atualmente;

- prepara-se para entrar com força no enorme e cobiçado mercado americano de law enforcement (agências de aplicação da lei), inclusive com um novo e arrojado portfólio que irá de uma família de pistolas intercambiáveis (serviço, médio e backup) até armas longas, contando também com uma inédita e poderosa arma no calibre .50;

- na produção de peças MIM (Metal Injection Molding) terá um excelente, novo e promissor negócio. A nova unidade de negócios da Taurus produzirá peças de geometria complexa, com baixo custo. O aumento da capacidade de produção de M.I.M permitirá atender as necessidades internas, reduzindo a dependência de fornecedores estrangeiros e obtendo significativa economia de custos, assim como aumentar as vendas sob encomenda para terceiros em diferentes segmentos no Brasil e no exterior, tais como: componentes automotivos, dispositivos médicos, indústria aeroespacial, entre outros.

- provavelmente ainda neste mês, irá lançar armas no novo calibre .38 TPC e, com isso, deverá surfar na retomada do mercado interno, já que há uma enorme demanda represada (cerca de 300 mil armas) há mais de um ano e a empresa oferecerá as pistolas G2c e GX4 (as armas mais vendidas do Brasil) no calibre que é praticamente similar ao 9mm.








 

15 março, 2022

Com Ebtida de mais de R$ 1 bilhão, Taurus se torna a maior do mundo e pagará dividendos de R$ 1,6451 por ação

 


*LRCA Defense Consulting - 15/03/2022

Após o fechamento do mercado, a Taurus Armas S.A. divulgou seus resultados e, mais uma vez, surpreendeu analistas, acionistas e o público em geral que acompanha a empresa.

Esta editoria destacará alguns pontos mais relevantes entre os muitos apresentados no balanço, valendo a pena consultar a íntegra do documento publicado pela Taurus para constatar a pujança dos números, realizações e perspectivas da empresa.

Ebitda de mais de 1 bilhão
Com um Ebitda de R$ 1.002,9 milhões em 2021 - 111,4% acima do registrado em 2020, e margem de 36,6% (alta de 11,1 p.p.), a empresa quebra uma barreira importante que reflete o seu atual padrão de desempenho operacional, consubstanciado por um lucro líquido de R$ 635,1 milhões, seu terceiro resultado positivo consecutivo, multiplicando por 2,4 (140,9%) o apurado no exercício anterior. Assim, após o Ebitda apresentar crescimento de 270,6% entre 2020 e 2019, a Taurus mais do que duplicou esse indicador em 2021.

Dividendos de 100% do LLA, ou R$ 1,6451 por ação
Esse resultado possibilitou que, em 2021, um dos grandes objetivos da atual administração fosse atingido: a criação de valor para todos os seus acionistas e, portanto, também o pagamento de uma significativa remuneração a estes. Assim, será proposto em assembleia geral, a ocorrer no dia 19 de abril, o pagamento de dividendos de 100% sobre o Lucro Líquido Ajustado (LLA), totalizando o montante de R$ 194.284,00 milhões, o que representa cerca de R$ 1,6451 por ação. Após aprovado, esse fato consolidará e encerrará o processo de turnaround da Taurus.

A maior do mundo em armas leves
Menos de dois anos após o dia em que o dinâmico e incansável CEO Global da empresa, Salesio Nuhs, divulgou publicamente sua intenção de ser a maior empresa de armas leves do mundo, a Taurus atingiu a expressiva marca de 2,25 milhões de armas fabricadas em 2021 (+44,5%), com média de 9,3 mil unidades diárias no ano. O número de armas vendidas foi de 2,348 milhões, o que a levou à posição de maior vendedora de armas leves no mundo, considerando-se o universo das principais companhias dos Estados Unidos, tais como Smith & Wesson e Ruger, e muito maior do que outras empresas tradicionais do setor sobre as quais são conhecidas informações, como Colt, Springfield, Beretta, SIG, CZ, Colt, Walther, FN e HK.

Demanda segue aquecida e Taurus ganha market share nos EUA
Nos EUA, maior mercado do mundo para armas leves, a demanda seguiu aquecida em 2021, atingindo o segundo maior patamar desde que foi criado o controle do FBI sobre a intenção de compra (NICS). Ainda assim, em relação ao recorde histórico registrado em 2020, houve redução de 12% nessas intenções.

No entanto, as vendas da Taurus no país apresentaram tendência inversa ao NICS, com crescimento de 23,4% em 2021, evidenciando o aumento do market share da marca. 

Para 2022, caso a questão da invasão russa na Ucrânia se resolva e não haja outra crise que leve a um aumento intempestivo de demanda, a percepção é que o cenário será semelhante, com a demanda norte-americana perdendo um pouco de força em relação aos dois últimos anos, enquanto as vendas da Taurus devem seguir vigorosas, com aumento de participação do mercado.

No segmento de revólveres, por exemplo, a empresa detém liderança de mercado absoluta nos EUA. Em 2020, 41% do total dos revólveres vendidos nesse país foram da marca Taurus e, em 2021, a estimativa é que essa participação de mercado tenha alcançado 61%. 

Comparando o preço médio de venda da Taurus com o de concorrentes internacionais que, como empresas de capital aberto, divulgam seus dados, a empresa tem ainda espaço para atingir faixas mais altas em seu mix de vendas, uma vez que se mantém abaixo desses. A estratégia da Taurus inclui novos produtos com menor custo e maior valor agregado, ampliação de sua linha de armas longas e o lançamento de produtos em nichos de mercado, criando um mix de valor crescente em sua linha, sem concorrer com seus produtos atuais.


Backorder de quase 1 milhão de armas: cinco meses de produção
Ao final do exercício, a Taurus registrava backorder de 982 mil unidades de armas para entrega nos mercados norte-americano e brasileiro, volume equivalente a mais de cinco meses de produção integrada nos dois países.

Tranquilidade no endividamento e na alavancagem
Comparando a posição da dívida bruta no encerramento dos exercícios de 2021 e de 2020, houve redução de 20,0% ou R$ 173,4 milhões na dívida bruta no período. Ao mesmo tempo, dado o aumento do saldo de caixa e aplicações, a dívida líquida diminuiu em R$ 338,7 milhões ou 43,7%.

A dívida líquida vem sendo reduzida de forma contínua e consistente nos últimos anos. Ao mesmo tempo, a empresa se consolidou como forte geradora de caixa. Dessa forma, sua alavancagem financeira passou por completa reversão de perfil, com drástica redução do indicador dívida líquida/Ebitda que, no encerramento do exercício de 2021, atingiu 0,4x.

Simulando uma situação na qual é abatido do total da dívida em 31/12/21 valores que serão destinados a esse fim quando efetivados, a saber, ativos à venda – fábrica de capacetes e terreno da antiga fábrica em Porto Alegre – e saldo dos bônus de subscrição a vencer, a dívida líquida na data seria de R$ 236,7 milhões. Com esse cenário, o indicador de alavancagem financeira dívida líquida/Ebitda seria de 0,2x ao final do exercício.

Índia: o novo e poderoso front da Taurus
A construção do prédio da joint venture Jindal Taurus na Índia está sendo concluída e, em fevereiro, a primeira equipe da Taurus do Brasil foi a esse país para uma visita técnica. A JV, mesmo antes do início das operações industriais, já está criando oportunidades comerciais. A equipe da Taurus que viajou ao país realizou demonstração técnica para autoridades das Forças Armadas indianas, evidenciando as características, a performance de tiro e a resistência do Fuzil Taurus T4 em suas diferentes versões, para um futuro processo de licitação em andamento.

Outras oportunidades comerciais no mercado institucional indiano, como a venda de submetralhadoras SMT9 para a Guarda de Segurança Nacional (NSG), pistolas TH9 e TS9 para a polícia da cidade de Aizawl (capital do estado indiano de Mizoram), além de mais uma venda de fuzis T4 para a polícia de um estado indiano que poderá adquirir até 4.000 unidades da arma, estão em diferentes etapas do processo de negociação.

Na visão desta Consultoria, a JV Jindal Taurus Defence Systems Private Ltd. tem um gigantesco mercado potencial, civil e militar, sem parâmetros no mundo capitalista, o que levou o CEO e o CFO da multinacional brasileira a afirmarem, por mais de uma vez, que, no momento em que a Taurus entrar lá, mudará completamente a perspectiva da empresa. Segundo tudo indica, esse fato está bem próximo de se tornar real.

República das Filipinas compra mais 9,5 mil pistolas TS9
Em dezembro de 2021, após ter vendido e entregue 20.000 unidades da pistola TS9 para a Polícia Nacional das Filipinas, a Taurus foi vencedora de novo processo licitatório de mais  9,5 mil pistolas do mesmo modelo para essa corporação, cuja entrega está programada para o segundo semestre, em função da atual capacidade x demanda.

Ampliações e investimentos
Para garantir o aumento da oferta e da continuidade do seu crescimento, conforme o planejamento estratégico em curso, a empresa está investindo em estrutura física, em pesquisa & desenvolvimento e em modernos equipamentos e maquinários.

A palavra-chave na Taurus é “inovação”, o que proporciona mais produtividade, manutenção de baixos custos (hoje tem o menor custo de produção do mundo), maior volume de produção e, também, maiores vendas, já que o consumidor cada vez mais reconhece o valor que tem sido agregado aos produtos que entrega no mercado.

Com isso, ao mesmo tempo que tem segurança no aumento das vendas, em termos de estrutura operacional está sempre um passo à frente, preparando-se continuamente para atender esse aumento. Como exemplo disso, foi contratado um Vice-presidente de vendas para reforçar a estrutura comercial nos EUA.

Como tecnologia é essencial para atender o planejamento, a empresa reforçou a área com a criação do Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil/EUA (CITE), que hoje conta com 250 engenheiros nas áreas de produtos, processos e qualidade e já rendeu excelentes frutos, como a revolucionária pistola microcompacta GX4 e a adição de grafeno às novas armas, por exemplo.

Em termos de infraestrutura, o condomínio industrial foi entregue em dezembro e os cinco fornecedores parceiros que vão desenvolver ali suas operações estão em processo de instalação. Com essa estrutura em pleno funcionamento, a Taurus tem mais agilidade e qualidade na cadeia de suprimentos, com redução de custos.

Outro passo dado no projeto de expansão da unidade industrial do Brasil foi a aquisição de área de 100 mil m2 ao lado do complexo industrial atual.

A fábrica dos EUA atingiu a produção de 868 mil unidades no ano, acima da capacidade máxima estimada de 800 mil armas/ano, considerando a estrutura original, que não demandou investimentos em função do acordo firmado com o governo do Estado da Georgia. O prédio tem ainda cerca de 60% de sua área disponível, com espaço para ampliação da capacidade a partir de novos investimentos.

Para 2022, o planejamento da empresa considera investimentos da ordem de R$ 250 milhões, seguindo com a modernização e a ampliação da estrutura industrial, de modo a dar sustentação ao crescimento da empresa, aumentando ainda mais sua competitividade.

Maior e mais rentável fabricante de armas leves do mundo
Em um cenário mundial recente tão conturbado devido à pandemia da COVID-19, a Taurus Armas se apresenta como uma empresa blindada e capaz de crescer muito, seja em tempos de crise ou seja em tempos de calmaria, como bem frisou o especialista Christian Lima, evidenciando que, no decorrer do seu turnaround, a empresa adquiriu as características de ser plenamente antifrágil.

Aumentando significativamente a produção e a produtividade, reduzindo custos, incrementando ainda mais a qualidade e a tecnologia de seus produtos e processos, desbravando novas fronteiras de negócios e, agora, remunerando significativamente seus acionistas, a Taurus está se tornando a maior e mais rentável fabricante de armas leves do mundo, gerando orgulho e divisas para o Brasil.

03 agosto, 2023

Antifragilidade: Taurus lança 20 armas e duas novas linhas de produtos com exclusividade na Shot Fair Brasil


*LRCA Defense Consulting - 03/08/2023

Como o imponderável é um fator sempre presente na vida empresarial, não há como evitá-lo, por melhor, mais detalhado e mais ponderado que o planejamento seja feito. No entanto, o caos, o imprevisto e o indesejado gerados por tais situações podem ser positivos, desde que sejam bem aproveitados, e é nisso que se baseia o conceito de antifragilidade.

Antifrágil é um adjetivo utilizado para descrever organizações e/ou pessoas que se fortalecem e florescem com o caos. A antifragilidade é uma característica diferente da robustez e da solidez, porque além de serem fortes o suficiente para aguentar um choque, tais organizações e pessoas se desenvolvem devido aos choques e crises.

E esse é o caso da multinacional brasileira Taurus Armas S.A. e da competente equipe que a conduz, liderada pelo dinâmico CEO Global, Salesio Nuhs.

A partir de janeiro deste ano, e também mais recentemente, quando se deparou com as novas e restritivas normas do atual governo brasileiro referentes às armas, munições e acessórios, optou pela aceitação estratégica, ou seja, sem permanecer resignada ou apenas reativa perante o problema, buscou entender o contexto no menor prazo possível, aprendeu com isso e agora está tomando as melhores decisões consequentes, seja lançando novas armas adequadas ao momento brasileiro, seja ampliando sua presença no contexto global.

G2c e GX4 em calibre permitido, cutelaria de alta performance e empunhaduras nobres
Se hoje só é possível ao consumidor nacional comprar armas curtas com potência de até 407 joules na boca da arma, a Empresa Estratégica de Defesa brasileira líder mundial em vendas de armas leves reformulou seu portfólio e, além de continuar lançando novas e tecnológicas armas nos calibres superiores para CACs e para as forças de segurança, está também lançando novas armas dentro desse limite, informando ainda que, em breve, estarão disponíveis as consagradas famílias de pistolas G2c e GX4 em calibre permitido, além de outras novidades que serão lançadas proximamente.

A empresa lançou também uma inédita linha de cutelaria com facas personalizadas de alta performance, uma linha em madeira nobre para personalização de empunhaduras para revólveres e o pioneirismo do óleo lubrificante para armas UP1 com base de Grafeno.

Shot Fair Brasil 2023: palco do novo portfólio da Taurus
A Taurus está presente como uma das principais patrocinadoras e expositora da Shot Fair Brasil 2023, maior feira de tiro esportivo, mundo tático e segurança da América Latina, que acontece entre os dias 02 e 05 de agosto no Centro de Convenções e Exposições Expoville, em Joinville, Santa Catarina.

Na ocasião, a marca lança com exclusividade 20 armas, entre pistolas e revólveres, além de sua linha de empunhaduras em madeira nobre com inovador acabamento 3D Touch MBT e uma coleção de facas artesanais, que inclui a primeira faca no mundo com acabamento da lâmina em Cerakote Graphene.

As novidades fazem parte da estratégia da Taurus de forte investimento em pesquisa e desenvolvimento de processos eficientes de produção, de produtos com tecnologia incorporada e materiais inovadores. Por meio de seu Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil/Estados Unidos (CITE), a Taurus identifica as demandas do mercado e tem agilidade no lançamento de produtos, oferecendo produtos diferenciados e de qualidade a custos competitivos, características que a levaram a ocupar um lugar de destaque na indústria mundial.


CEO Global: "lançamentos irão motivar o comércio e atender as necessidades dos nossos clientes"
“A Taurus nunca deixou de acreditar no segmento e continua investindo no Brasil, em especial em novos produtos, para atender os consumidores e lojistas. Estamos lançando na Shot Fair Brasil uma linha de produtos de uso permitido nos calibres .22, vários modelos de revólver no calibre 38, incluindo o Single Action, um revólver exclusivo no calibre 380. Estamos apresentando também um novo calibre, cuja energia está dentro do permitido, nas famílias G2C e GX4, além de duas novas linhas de produtos. Entendemos que esses lançamentos irão motivar o comércio e atender as necessidades dos nossos clientes”, afirma Salesio Nuhs, CEO Global da Taurus.

Durante a Shot Fair Brasil 2023, os visitantes terão a oportunidade de conhecer o completo portfólio de produtos da Taurus, com mais de 200 armas em exposição, assim como as linhas de supressores de alto desempenho e multicalibre, acessórios e vestuário comercializados no marketplace da marca.

Pistolas
Entre os lançamentos, a empresa, que segue ampliando o portfólio da 3ª geração de pistolas, apresenta a GX4 Carry Graphene T.O.R.O., a nova subcompacta, mais leve e com alta capacidade, com carregadores de 15 e 17 munições, no calibre 9mm. A novidade tem acabamento em Cerakote® Graphene, cano de 3,7” revestido de DLC (Diamond Like Carbon), sistema Taurus Optic Ready Option (T.O.R.O.) que, através de placa intercambiável, permite acomodar miras ópticas, e trilho padrão Picatinny para acessórios.

A Taurus também expande a série G3 de pistolas semiautomáticas no calibre 9mm, a G3 XL T.O.R.O., que oferece as mesmas características de empunhadura da G3c, porém com cano de 4”, carregadores com capacidade para 12 munições, ação Striker Fire ou SA/DA e acabamento Carbono Tenox, ideal para o porte velado; e a G3 Tactical, com cano de 4,5”, pronta para receber supressores, carregadores com capacidade de 17 munições, ação Striker Fire ou SA/DA e acabamento Cerakote® nas cores Patriot Brown, Od Green ou Black.

Na linha TH Hammer, a empresa apresenta na Shot Fair Brasil 2023 duas novidades: a pistola TH380 Graphene, com cano de 4,25”, e sua versão compacta TH380c Graphene, com cano de 3,54”. As duas versões contam com carregador de 18 munições, no calibre .380 ACP, acabamento em Cerakote® Graphene e acompanham kit de placas para miras ópticas.

Atendendo a uma demanda recorrente dos consumidores, a Taurus também lança a pistola TH10, uma pistola no calibre 10mm, inédito no mercado brasileiro, e a TH45, primeira pistola da Taurus no clássico calibre .45 ACP com armação em polímero, sendo a evolução da já conhecida pistola 845. Os dois modelos possuem cano de 4,25”, são 100% ambidestras, confeccionadas com armação em polímero de alta resistência e acabamento Carbono Tenox.

Seguindo nos lançamentos de pistolas, os visitantes poderão conhecer no estande da Taurus os modelos 58HC PLUS e a pistola 59, com capacidade de 19 munições no calibre .380 ACP e acabamento em Cerakote® nas cores Tungstênio, Sand, Od Green e marrom Flat Dark Earth. A 58HC PLUS conta com cano de 4”, punho em placa de polímero, armação em alumínio e é compatível com mira fixa de 3 pontos (não inclusa). A pistola 59 tem cano de 5,1” e trilho Picatinny/MIL-STD-1913.

Revólveres
Já na categoria de revólveres, a Taurus traz mais uma novidade para a série Raging Hunter, o RT 38H, no calibre .38 SPL, com capacidade de 5 munições, ação SA/DA, cano de 5,12” e acabamento Duo Tone. A barra de percussão, o punho com absorvedor de impacto, o compensador de recuo e o trilho Picatinny/MIL-STD-1913 são outros diferenciais deste novo revólver, que ainda tem mira traseira ajustável e mira frontal fixada.

Outro lançamento é o RT 380 T.O.R.O., modelo com o sistema Taurus Optics Ready Option (T.O.R.O.), que permite o uso de diversas plataformas de miras ópticas. No calibre .380 ACP, este revólver tem tambor para 6 munições, ação SA/DA, cano de 3” e acabamento em inox fosco e oxidado fosco.

A Taurus apresenta também na Shot Fair Brasil 2023 o revólver RT 942 UL, exclusivamente no calibre .22 LR, com capacidade de 8 munições, cano de 3” e acabamentos em Inox fosco e oxidado fosco. E, para os que procuram flexibilidade, o RT 832, modelo com dois tambores, nos calibres .380 ACP e .38 SPL, capacidade de 7 munições, cano de 6,5” e acabamento em Inox fosco. Ambos os revólveres têm ação SA/DA.

Para os consumidores apaixonados por armas clássicas, a Taurus lança no mercado brasileiro o aguardado revólver Single Action Imperador. A novidade é inspirada no famoso revólver Single Action. Considerado o clássico dos clássicos, este modelo ficou muito conhecido pelos filmes do velho oeste e foi utilizado pelo Exército norte-americano no século 19. O Single Action Imperador é um revólver de ação simples com duas opções de empunhadura, em madeira ou polímero, dois tamanhos de cano, versão com 4,75” e 5,47”, e duas opções de calibres, .38 SPL e .45 COLT. Fechando as características deste revólver clássico, o acabamento é em Cerakote® Graphite Black, disponível para ambas as versões de calibre.

Ainda entre os lançamentos exclusivos no Brasil, a Taurus expõe no evento o elegante revólver 856 Executive Grade, modelo com cano de 3” em aço inox, capacidade de 6 munições no calibre .38 SPL e acabamento acetinado polido à mão. A empunhadura de madeira dá ao revólver um estilo único, entregando performance e elegância incomparáveis. O 856 Executive Grade, inclusive, foi eleito nos Estados Unidos como Handgun Of The Year, em 2022, conquistando o prestigiado prêmio Golden Bullseye, da National Rifle Association (NRA).

A Taurus também está expandindo a sua linha de revólveres da marca Rossi com três novos modelos: RP63 e RM66 com acabamento em Cerakote®, além do RM64, que trazem de volta características clássicas da Rossi. Todos têm capacidade de 6 disparos em ação SA/DA no calibre .38 SPL e empunhadura de borracha. O RP63 tem cano de 3”, o RM64 tem cano de 4”, e o RM66 de 6”.

Faca com acabamento em Cerakote Graphene e empunhaduras em madeira nobre
A Taurus também lança com exclusividade na Shot Fair Brasil 2023 a sua linha exclusiva de empunhaduras, desenvolvida em parceria com a MBT GRIPS, com sistema Multiframe®, compatível com todos os revólveres de armação grande da marca, além de uma coleção de facas artesanais, desenvolvida em parceria com a Facas Boeck, com 5 modelos.

A Cutelaria é uma arte que acompanha a humanidade. Estima-se que as primeiras lâminas tenham sido produzidas há mais de 8 mil anos. No passado, muito utilizadas para a subsistência, as facas são, atualmente, um objeto de desejo. Seja para o dia a dia, seja para o exercício do seu hobby, que pode ser a pescaria, a culinária ou a caça, ter uma faca que combine com a sua atividade e personalidade é motivo de satisfação e orgulho.

Com esse conceito, a Taurus, em parceria com o renomado cuteleiro Sandro Boeck, vencedor do reality show "Desafio sob Fogo Brasil e América Latina" em 2020, desenvolveu a Cutelaria Taurus, com uma linha inicial de facas exclusivas e personalizadas.

Os modelos são inspirados nas mais conceituadas armas da marca e, dentro da coleção exclusiva, está a primeira faca do mundo com o acabamento em Graphene. Todas as facas da Cutelaria Taurus são confeccionadas artesanalmente.

O lançamento exclusivo da Cutelaria Taurus ocorreu ontem na Shot Fair 2023, durante um jantar oferecido ontem pela empresa e pela CBC aos mais de 500 lojistas que prestigiaram a Feira, demonstrando o inequívoco apoio de ambas ao segmento neste momento delicado e complicando que ele atravessa.

"Estamos do lado dos lojistas e dos mais de 100 mil profissionais que fazem parte dessa cadeia produtiva. Este é um momento de união e este encontro demostra que estamos no caminho certo”, afirmou o CEO Global da Taurus Salesio Nuhs durante discurso no jantar.

Entre os participantes, estavam também o Presidente da CBC Fabio Mazzaro e o Deputado Federal Ismael Alexandrino (PSD-GO), que também é Vice-Presidente da Frente Parlamentar Mista de Proteção aos Colecionadores, Atiradores Desportivos, Caçadores e Clubes de Tiro.

Na ocasião, em comemoração ao lançamento, a Taurus leiloou uma Faca Estilo Bowie exclusiva nº 001 com detalhes em ouro, arrematada por um cliente de Pernambuco pelo valor de R$ 29 mil.
Características da Faca Estilo Bowie leiloada:
- Desmontável ;
- Damasco composto Mosaico de Renda no Núcleo;
- Fio dorso, dorso em Damasco W torcido, guarda e ferulhe em Damasco W Turco;
- Espaçadores em titânio anodizado;
- Inlay em Ouro 24;
- Cabo em Marfim Mamute Fóssil ;
- Bainha em Couro Bovino com aplique em Couro de Elefante com passador de cinto em Aço Damasco Mosaico.



Plataforma de capacitações teóricas e práticas
Além das novidades em produtos, outra importante atração no estande da Taurus na Shot Fair Brasil 2023 é a inédita plataforma digital de capacitações teóricas e práticas lançada recentemente, a Taurus Shooting Academy, que faz parte do programa de Educação Continuada da empresa e estará em exposição aos visitantes.

A plataforma que, neste primeiro momento, é de acesso exclusivo dos profissionais do setor, entre eles lojistas, assistentes técnicos, distribuidores, consultores e colaboradores da empresa, conta com módulos de treinamento teórico sobre os produtos Taurus e alguns conceitos básicos sobre armas. Ao final de cada módulo, há um quiz avaliativo para testar o conhecimento adquirido durante o treinamento. A pontuação obtida nestes testes determina a posição do usuário no ranking geral da plataforma, de acordo com o seu nível de desempenho.

A Academia Taurus foi elaborada, de forma personalizada e com tecnologia responsiva, para oferecer capacitação, treinamento e desenvolvimento aos mais de 100 mil profissionais que fazem parte dessa cadeia produtiva, com ênfase em agregar conhecimento aos parceiros da marca.

Sala de podcast
O estande da Taurus também conta com um ambiente especial de interação, dedicado à gravação de conteúdos diversos relacionados ao segmento. Uma sala de podcast, onde os entrevistados terão a oportunidade de compartilhar histórias, realizar debates e entrevistas. Os visitantes poderão observar os bastidores, já que a sala é totalmente envidraçada.

Sobre a Shot Fair Brasil
A Shot Fair Brasil é voltada a todos os públicos, entre eles atiradores esportivos, colecionadores, caçadores, profissionais da área de segurança, lojistas e admiradores do segmento de armas e munições. O evento se tornou um espaço único para o lançamento de produtos, onde as marcas expositoras trazem as inovações tecnológicas do mercado e geram negócios. Contando com estandes de grandes marcas nacionais e internacionais do setor, a 3ª edição da Shot Fair Brasil tem mais de 100 empresas expositoras confirmadas.

O evento também promove o compartilhamento de conhecimento, com palestras, oficinas e workshops de especialistas renomados sobre os mais diversos temas, entre eles tiro esportivo, defesa pessoal, caça e legislação brasileira de porte e posse de armas.

Entre os nomes confirmados está o do Diretor da Sociedade Brasileira para Conservação da Fauna, Alvaro Mouawad, que participará como mediador da Mesa Redonda sobre caça regulamentada no Brasil, no dia 3 de agosto das 16h30 às 18h30.

Em sua 2ª edição, realizada em 2022, a feira contou com a circulação de cerca de 32 mil pessoas, superando o dobro do público registrado em 2021, e geração de R$ 120 milhões em negócios. Para este ano, a estimativa é de um público ainda maior, de 40 mil visitantes.

A Shot Fair Brasil 2023 conta com patrocínio da Taurus e da Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), principais fabricantes de armas e munições do mundo, e parceria institucional da Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições (ANIAM).

Mais informações sobre a Shot Fair Brasil em https://shotfairbrasil.com.br

06 janeiro, 2024

Paul Bradley: Tudo sobre o 9mm...


*Paul Bradley - 02/01/2024

O 9x19, o 9mm Luger, o 9mm Parabellum, todos nomes dados ao cartucho de pistola mais popular do mundo. Todos nós já usamos ou ouvimos falar dele, mas alguns podem não ter certeza do detalhe mais fino...

Você pode não estar ciente de que o 9mm tem 123 anos! Foi desenvolvido por Georg Luger em 1901 seguindo uma exigência alemã para um cartucho de pistola de calibre maior do que o 7.65x21mm que eles tinham disponível. O 7.65x21 era um projeto de gargalo e Luger removeu o gargalo para criar um cartucho cônico mais curto, que também permitiria melhorias no design da pistola. O 9mm pode parecer ser de paredes retas quando visto a olho, mas se você medi-lo, verá que ele se afunde em torno de 0,28mm de trás para frente. Isso garante uma extração consistente da câmara.

O cartucho foi revisado entre 1902 e 1904 pelo Comitê Britânico de Armas Pequenas e pelo Exército dos EUA. Foi colocado em serviço em 1904 pela Marinha Alemã e em 1908 pelo Exército Alemão. No final da Primeira Guerra Mundial, muitos países começaram a adotar o cartucho 9mm para uso em pistolas semiautomáticas e submetralhadoras, como a Sten. O 9mm agora representa cerca de 20% de todo o mercado global de cartuchos e é usado extensivamente por militares e policiais em toda a Europa e nos EUA.

Por que tão popular? Representa uma grande troca. Ele oferece mais potência terminal do que um .38, mas mantém o recuo gerenciável. Ele permite loadouts de capacidade mais altos do que um .45ACP. É barato, relativamente fácil de produzir e oferece alimentação, extração e ejeção confiáveis na maioria das plataformas automáticas semi/completas.

Sempre haverá o argumento balístico terminal - "Não vai parar uma ameaça como um .45"... A realidade é que com o projétil certo (uma rodada de expansão de alto desempenho) ele entrega energia e efeito terminal mais do que suficientes. Em FMJ (Full Metal Jacket), os calibres maiores oferecem mais energia no alvo, mas se um alvo não parar com 17 cartuchos de FMJ de 9mm, provavelmente também não vai parar com 8 cartuchos de .45. Como sempre, a seleção de projéteis é a chave para problemas balísticos terminais.

O 9mm pode ser eficaz para cerca de 150m. Embora ainda possua muita energia terminal além de 150m, a elevação necessária tornaria muito difícil para o atirador médio colocar tiros no alvo.

É provável que vejamos os 9mm desaparecerem tão cedo?
Não. Até agora, há pouco no mercado que possa tirar 9 mm de seu primeiro lugar. O auto de 10 mm e o 40 S&W oferecem benefícios de desempenho do terminal, mas quando revisados pelas agências (de Law Enforcement), eles foram considerados como um pouco demais para aqueles com força e tamanho de médios a abaixo da média. Se você é capaz de permanecer no alvo com esses calibres maiores, então pode ser bom para você como indivíduo, mas as agências devem olhar para o que pode ser efetivamente usado por todos os seus funcionários.


*Paul Bradley é Diretor de Vendas e Portfólio, Balístico e Atirador Profissional. Atualmente trabalha como Diretor Regional de Vendas e Portfólio da Hexagon Ammunition ZRT (empresa Beretta Holdings). Também está envolvido no desenvolvimento de produtos de munições para armas pequenas e muitas vezes pode ser encontrado no estande de tiro.  

Leia mais: 

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