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Marina Elali: “Tive sorte e estava preparada”

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Anna Ruth Dantas – Repórter

A  cantora potiguar Marina Elali vive um dos grandes momentos da sua carreira. Da menina potiguar que escutava músicas do cantor conhecido mundialmente John Secada, hoje ela é a cantora Marina Elali que de fã se transformou em parceria musical do astro da música internacional, com o qual já fez até uma turnê no Brasil. Mas esse é apenas mais um capítulo na história profissional e de vida de Marina Elali. Sorte? Ela admite: não faltou. Mas também pondera, que no momento da oportunidade estava preparada. Uma preparação artística que passou por uma temporada de estudo em Boston, nos Estados Unidos, e por uma participação no programa Fama, da Rede Globo. Aliás, dezenas foram os cantores que passaram por esse programa, pouquíssimos foram os que conseguiram dar continuidade na carreira artística, como foi o caso de Marina Elali.

A artista potiguar já teve cinco músicas transformadas em trilha de novela da Rede Globo. Seria esse um fator determinante para carreira? “Uma porta abriu e todas as outras. É importante uma música em novela, mas também há pessoas que conseguem espaço sem ter música em novela. Por algum acaso, por uma razão do destino, essa foi minha história, aconteceu de Jayme Monjardim abrir essa porta para mim e depois outras pessoas terem me ajudado. Essa foi minha história”, afirma Marina Elali, que no próximo sábado fará show em Natal, onde apresentará o novo DVD. Aos que levantam a tese de lobby da gravadora Som Livre junto a mídia, a artista descarta e com simplicidade conta como foi que cruzou no caminho e no trabalho de diretores de novela, que terminariam conduzindo a sua música. “Eu tive a sorte de conseguir que Jayme (Jayme Monjardim, diretor da Rede Globo) ouvisse uma música minha que foi “Você”, foi minha primeira música. E aí Jayme se encantou. Na verdade eu mandei o CD por uma pessoa que conhecia o Jayme e não acreditou que ele iria ouvir. Ele ouviu, ele não me conhecia, e gostou”, lembra.

A convidada de hoje do 3 por 4 é a neta que se orgulha dos laços com o avô José Dantas, a potiguar que demonstra carinho ao falar da sua terra, uma cantora encantada com o momento da carreira, uma pessoa atenciosa e que fala com tranquilidade. Com vocês, Marina Elali:
A potiguar Marina Elali, 28 anos, começou a carreira aos 15 anos
Doze anos de carreira como você avalia a menina que começou aos 15 anos e hoje a cantora Marina Elali?
É com muita alegria que eu cheguei até a aqui. A gente sabe que carreira de artista não é fácil. Uma menina sair de Natal, com a cara e coragem, fui estudar para poder melhorar, para aprender música porque é isso que eu gosto, que eu amo. Acho que tem essa coisa do meu avô (José Dantas), o fato de ser neta de um grande compositor, está na veia, acho que nasci já para isso. Fui estudar, voltei. É uma batalha muito grande e já me considero muito grata depois desse dueto com John Secada, fazer uma turnê com ele. Esse DVD (de John Secada) está sendo lançado nos Estados Unidos. Muita coisa boa aconteceu, estou muito feliz mesmo com tudo que aconteceu e espero que continue acontecendo.

Você teve uma passagem pelos Estados Unidos, onde estudou. Até que ponto foi fundamental essa sua estada nos Estados Unidos para o trabalho que você realiza hoje?
Foi extremamente importante porque eu não tinha técnica nenhuma, nunca tinha estudado. Eu só cantava mesmo por gostar de música. Assim acho que cresci muito como musicista, aprendi a ler música, aprendi a fazer arranjo, coisas que eu não tinha nem noção. Aprendi a tocar piano, comecei a compor minhas próprias músicas. Cresci como musicista. Acho que a palavra mais correta no caso seria essa: cresci como musicista. E tem também a experiência de morar só, de estar ali independente, em outro país. Eu não sabia falar Inglês, aprendi quando cheguei lá. Foi mais uma batalha foi chegar e não saber falar a língua. Por exemplo, o fato de hoje eu falar Inglês, cantar em Inglês, graças a isso hoje estou cantando com John Secada. As portas foram se abrindo. Foi muito importante o fato de eu ter convivido com gente do mundo inteiro. Abre muito sua cabeça, melhora sua visão, você escuta o mundo inteiro. Tem influências todas. Foi extremamente importante, foi uma experiência muito boa na minha vida. Graças a Deus.

Na sua carreira você teve uma passagem pelo programa Fama, da Rede Globo. Na verdade, poucas pessoas que passaram pelo programa tiveram continuidade na carreira, você foi uma delas. A que você credita isso?
Veja, são tantas pessoas. Eu tenho que agradecer a Deus porque tem coisas que a gente não sabe onde encontrar explicações. Agradecer as pessoas da Rede Globo que abriram as portas para mim. Foram várias novelas, vários autores, eu fui conhecendo e foram me dando oportunidade. Essa música com John Secada já foi a quinta música de novela. Eu estou com duas músicas em filme que está em cartaz no cinema. É uma lista tão grande. Os amigos, os fãs, o pessoal de Natal, a imprensa de Natal, tudo isso vai somando. Acredito e não acredito nessa história de sorte. Não adianta você ter sorte e não estar preparada. Pelo fato de eu já estar há muito tempo na batalha, as oportunidades foram surgindo. Eu estava ali na hora certa e eu tinha condição de fazer. Talvez se tivesse surgido a oportunidade antes da faculdade ou antes do Fama, ou antes de alguma coisa eu não tivesse tão preparada. Acho que é uma soma de Deus mesmo, tenho muita fé, acho que Deus guia muito os meus passos. Tem claro o lado da família apoiar. Tem os meus fãs que começaram aí de Natal. Então tudo abriu as portas. Foi uma soma muito grande de muitas coisas.

Você já teve várias músicas gravadas que se transformaram em trilha sonora de novela e algumas foram para o cinema.  Isso foi lobby da sua gravadora (a Som Livre)?
Na verdade a minha distribuidora é a Som Livre, mas  a história toda com a Globo começou com Jayme Monjardim. Eu tive a sorte de conseguir que Jayme ouvisse uma música minha que foi “Você”, foi minha primeira música. E aí Jayme se encantou. Na verdade eu mandei o CD por uma pessoa que conhecia o Jayme e não acreditou que ele iria ouvir. Ele ouviu, ele não me conhecia, a Débora Secco que foi a atriz que minha música foi tema dela também não me conhecia. Eles ouviram a minha música no Texas, gravando as cenas da novela. E Jayme adorou a música, entrou em contato comigo. Eu conheci Jayme, ele me colocou na novela e eu cantei na festa de abertura e aí conheci depois Marizinho (Marizinho Rocha, diretor música da Rede Globo). Depois teve uma música que cantei do próprio Marizinho Rocha que é diretor musical da Rede Globo há muitos anos. Ele (Marizinho Rocha) ligou para mim e disse que gostaria que eu gravasse a música. Cada novela foi uma história. Acho que Jayme é uma das pessoas importantes porque Viver a Vida novamente foi Jayme. Páginas da Vida também foi Jayme. Ele já virou meu padrinho. Na verdade, não teve nada com a gravadora, foi mesmo um trabalho de sair mostrando a música. No momento em que você abre a porta fica mais fácil. Assim, como aconteceu a primeira música ficou mais fácil, eu conheci as pessoas lá dentro e aí deu certo. A  Globo quando gosta, você sabe! A Globo Graças a Deus me ajuda. A gente sabe a importância de uma música ser trilha sonora de uma novela.

Até que ponto você ter feito esse trabalho para Globo, com várias novelas, foi fundamental para estruturar sua carreira, para lhe fazer uma cantora conhecida?
Mais uma vez eu falo sobre a soma. Porque começou no Fama eu fiquei três meses com a cara na Rede Globo e foi muito importante. Depois do Fama veio a primeira novela, que abriu as portas para mim não só da Globo. Eu fui em todos os programas de TV Record, Band, várias. Uma porta abriu e todas as outras. É importante uma música em novela, mas também há pessoas que conseguem espaço sem ter música em novela. Por algum acaso, por uma razão do destino, essa foi minha história, aconteceu de Jayme Monjardim abrir essa porta para mim e depois outras pessoas terem me ajudado, como Glória Perez, Jorginho Fernando, Wolf Maya, foram tantos que não vou nem citar. Essa foi minha história.

Você lança o primeiro DVD agora. Depois de se lançar como cantora há mais de dez anos, o que representa estar com o primeiro DVD no mercado?
É o primeiro DVD e foi gravado em Natal, no Machadão, no Rio de Janeiro e tem vários videoclipes que foram gravados em partes do Brasil e até fora do Brasil. Tem um vídeo em Florianópolis, em São Paulo, no Rio de Janeiro e tem um em Boston, onde morei. Eu queria mostrar um pouquinho de onde eu morei para os meus fãs. Os fãs que conhecem minha carreira dizem que queriam ver onde eu morei. E foi aí que fiz esse vídeo em Boston. O DVD é um resumo do que fiz até agora. São as principais músicas dos dois CDs que lancei. Tem algumas músicas inéditas e eu destacaria a música com o John Secada. Ele vem com um CD bônus, fiquei feliz que a Som Livre fez um projeto super bonito. Estou muito feliz.

Desde o início dessa entrevista você falou várias vezes de John Secada. Como foi que você conseguiu essa parceria com o grande cantor da música internacional?
Você está falando e eu fico arrepiada, emocionada. Eu ouvia John Secada quando morava em Natal na minha adolescência. Nunca passou pela minha cabeça que eu iria conhecê-lo, ficar amiga dele, virar parceira, escrever música com ele. Isso são as coisas que a vida traz para gente, as surpresas. Se eu não soubesse cantar Inglês talvez não tivesse dado certo. A história com John Secada foi o seguinte: eu recebi um telefonema da Som Livre dizendo que existia a possibilidade de John Secada gravar o primeiro DVD dele ao vivo no Brasil. 

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