O ex-governador do Paraná e ex-prefeito de Curitiba, Jaime Lerner, morreu na manhã de hoje (27) de complicações renais aos 83 anos. A morte ocorreu no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, de Curitiba, onde Lerner estava internado desde a semana passada com um quadro de febre.
Arquiteto e urbanista renomado mundialmente, ele não suportou o agravamento de uma doença renal crônica. O corpo do ex-governador foi velado na Capela Mortuária do Cemitério Israelita Água Verde e sepultado, as 15h, no cemitério Santa Cândida, em Curitiba.
Governador do Paraná de 1995 a 2002, e prefeito de Curitiba por três vezes (em 1971, 1979 e 1989), Jaime Lerner se afastou da política paranaense em 2003, quando deixou o cargo no Palácio Iguaçu, sede do Governo do Estado.
Natural de Curitiba e formado em arquitetura e urbanismo pela Escola de Arquitetura da Universidade Federal do Paraná, o ex-governador ficou conhecido por implementar na capital do estado o sistema de transporte coletivo urbano com canaletas exclusivas para os ônibus expressos e também pelo sistema de integração nos terminais de transporte público da cidade.
Lerner era viúvo e teve duas filhas com Fani Lerner, que faleceu em 2009. Em março deste ano ele foi diagnosticado com covid-19, mas apresentou somente sintomas leves da doença.
PESAR
O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD-PR), manifestou pesar pela morte e decretou luto oficial de três dias.
“Nossas condolências à família e amigos do ex-governador Jaime Lerner. O Paraná perde um grande cidadão, que ajudou a transformar Curitiba e o Estado. Os nossos corações, marca que por muito tempo ele usou, estão juntos neste momento de profunda dor e tristeza para todo o povo do Paraná”, declarou Ratinho Junior.
Edson Fachin, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), também se manifestou por meio de um comunicado.
“O Paraná e o Brasil perdem uma de suas melhores inteligências. Jaime Lerner traduziu em sua vida uma respeitável carreira acadêmica, profissional, e de vida pública desvelada ao sentido permanente da existência. Fica a memória de quem com sensibilidade compreendeu o efêmero e com serenidade se inscreveu na história”, disse.