Gente Demais no Mundo

"Uma coisa que me intriga é que todo o mundo se preocupa tanto com viver e tão pouco com morrer. Por que é que todos esses cientistas 'bambas' sempre andam por aí tentando prolongar a vida em vez de achar um jeito agradável de acabar com ela?"

Gloria Beatty, personagem do romance They Shoot Horses, Don't They? de Horace McCoy.

Vamos direto ao assunto: existe gente demais no mundo. E não existem guerras, desastres naturais e pragas suficientes para acabar com esse excesso de contingente. É hora de começar a repensar melhor àquele negócio de 'crescei e multiplicai-vos' e passar a pensar numa forma de subtração rápida e indolor.

Um relatório publicado pela ONG, World Wildlife Fund-, e se não pudermos confiarmos numa ONG, em quem vamos confiar? no governo, na internet? -, afirma que logo serão necessários os recursos naturais de três planetas Terra para sustentar o atual ritmo de crescimento da humanidade.

Como se não bastasse a ciência e a medicina procuram a cada dia novas formas de aumentar a longevidade de nossa existência. Por que essa ânsia em estender a vida? Torne a vida mais divertida. E aí estaremos chegando a algum lugar.

Acreditar que toda essa massa ignara vai ser, de alguma forma, produtiva à sociedade. É tão utópico quanto o socialismo igualitário e quase tão errado. Essa gente nunca produzirá o suficiente para cobrir o que consome. Nunca justificará sua existência além do espectro do peão. Isso se tiver sorte de participar do jogo.

Uma pessoa, digo criatura, consome em média 12000 litros de oxigênio por dia. Se levarmos em conta que somos mais de 6,6 bilhões de pessoas. É fácil perceber que tem gente demais no mundo. Nem incluímos nessa conta animais de estimação. Tipo o bicho vai, literalmente e metaforicamente, pegar. Não vai ser fácil para ninguém.

A estimativa mais positiva é que se a população mundial continuar a crescer no ritmo atual, em aproximadamente 40 anos esgotaremos os recursos naturais da Terra. Sendo que mais de 60 % desses recursos não são recuperáveis, como por exemplo petróleo.

Logo não adianta somente aumentar tresloucadamente a produção de alimentos, como imagina o presidente Lula. É preciso também diminuir o consumo. O que convenhamos, não vai acontecer. Sendo que um aumento na produção mundial de alimentos aceleraria ainda mais o processo de esgotamento dos recursos naturais não-renováveis do planeta.

E o que faremos quando se esgotarem nossos recursos naturais? Vamos comprar alimentos que não existem, à crédito, e esperar que eles rendam dinheiro na bolsa? Se tivermos sorte ficaremos ricos enquanto morremos de fome...

Está na hora dos governos incentivarem o hedonismo e a autodestruição. Se não existe volta, vamos ao menos nos divertir. É só fazer as contas. O custo para 'reparar' o planeta é muito maior do que aquele para destruí-lo.

Mas existe também a solução menos divertida e autodestrutiva: infligir um controle de natalidade rígido, como a China. Mas os governos não querem nem chegar perto disso por causa da 'questão religiosa' que se impõe. Tipo, até quando? Se é realmente dado tanta importância à vida humana, então não seria o caso de torná-la mais rara para aumentar seu valor?

Da Equipe de Articulistas