Economia

Zuckerberg perde o posto de 4º mais rico do mundo para Bill Gates com pane no Facebook

Fundador da companhia perdeu US$ 6 bilhões em apenas um dia, com delação de ex-funcionária e pane no sistema da empresa
Mark Zuckerberg fundou o Facebook em 2004 Foto: Drew Angerer / Agência O Globo
Mark Zuckerberg fundou o Facebook em 2004 Foto: Drew Angerer / Agência O Globo

NOVA YORK - O fundador do Facebook Mark Zuckerberg viu sua fortuna diminuir nesta segunda-feira, fazendo com que ele perdesse o posto de 4º homem mais rico do mundo para Bill Gates, fundador da Microsoft.

Zuckerberg perdeu cerca de US$ 6 bilhões em apenas um dia, em meio a denúncias de uma ex-funcionária da companhia e à queda do sistema das principais redes do grupo, que controla o Instagram, Facebook, Messenger e WhatsApp.

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As ações do Facebook, negociadas na Bolsa de Nasdaq, tiveram queda de 4,89% , sendo cotadas a US$ 326,23. Esta foi a maior baixa em um pregão da empresa desde 9 de novembro.

Com isso, a fortuna de Zuckerberg passou a ser avaliada em US$ 121,6 bilhões, rebaixando o fundador do Facebook à quinta posição no índice Bloomberg Billionaires.

Em primeiro lugar, está Elon Musk, fundador da Tesla, seguido por Jeff Bezos, fundador da Amazon. Os dois disputam o mercado de turismo espacial, com as empresas SpaceX e Blue Origin, que realizaram recentemente viagens espaciais.

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Em terceiro lugar na lista de bilionários está Bernard Arnault, presidente e diretor executivo da LVMH, a maior empresa de artigos de luxo do mundo, dona das marcas Louis Vuitton, Dior e Givenchy, entre outras.

Bill Gates, fundador da Microsoft, aparece agora em quarto lugar, substituindo Zuckerberg.

O dono do Facebook perdeu mais de US$ 19 bilhões em relação ao dia 13 de setembro, quando sua fortuna valia  US$ 140 bilhões.

Foi nesse dia que o Wall Street Journal começou a publicar uma série de reportagens com base em documentos internos, revelando que o Facebook sabia sobre uma ampla gama de problemas com seus produtos, como os danos do Instagram à saúde mental de adolescentes e desinformação sobre a invasão de apoiadores do presidente Trump ao Capitólio no dia 6 de janeiro. Em público, Zuckerberg minimizava essas questões.

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Os relatórios chamaram a atenção de funcionários do governo e, nesta segunda-feira, Frances Haugen, ex-gerente de produtos da companhia, revelou ter fornecido documentos a jornalistas.

Em resposta, o Facebook enfatizou que os problemas que seus produtos enfrentam, incluindo a polarização política, são complexos e não são causados apenas pela tecnologia.

"Acho que dá conforto às pessoas presumir que deve haver uma explicação tecnológica ou técnica para as questões de polarização política nos Estados Unidos", disse Nick Clegg, vice-presidente de assuntos globais do Facebook, à CNN.