Mundo Coronavírus

Questionado sobre atitudes de Bolsonaro, Trump diz que estuda banir voos do Brasil

Em pronunciamento, presidente americano não afirmou quando ou mesmo se vai vetar passageiros vindos do país
Donald Trump durante entrevista coletiva na Casa Branca Foto: MANDEL NGAN / AFP
Donald Trump durante entrevista coletiva na Casa Branca Foto: MANDEL NGAN / AFP

WASHINGTON — Durante briefing para informar sobre os esforços para conter a expansão do coronavírus nos EUA, o presidente Donald Trump afirmou que pode incluir o Brasil em uma lista de países que tiveram suspensas todas as viagens a território americano. Ele não deu dados sobre quando isso aconteceria, ou mesmo se poderia incluir outros países.

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A declaração foi uma resposta a um repórter que perguntou sobre novas restrições a viagens do exterior. Ele questionou se o presidente não pensava em impor medidas contra o Brasil, mencionando a objeção de Jair Bolsonaro a restringir a movimentação de pessoas.

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— Estamos observando muitos países e suas posições. O Brasil, por exemplo, você mencionou o presidente... O Brasil não tinha problemas até pouco tempo atrás. Agora estão com números subindo. E, sim, estamos pensando em um veto — disse Trump.

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Até o momento, a suspensão de viagens está sendo aplicada a mais de 30 países, incluindo os 26  da Zona Schengen de livre trânsito (Áustria, Bélgica, República Tcheca, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Islândia, Itália, Letônia, Liechtenstein, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda, Noruega, Polônia, Portugal, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Suécia e Suíça), Reino Unido e Irlanda. Passageiros que tenham passado por China ou Irã nos últimos 14 dias não poderão entrar. Fronteiras terrestres com Canadá e México estão fechadas a viagens que não sejam consideradas essenciais.

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A medida não vale para americanos que estejam retornando aos Estados Unidos, muito embora eles possam ser submetidos a testes quando chegarem aos pontos de chegada. Recentemente, embaixadas e consulados dos EUA em todo o mundo vêm oferecendo ajuda a seus cidadãos que ainda estejam no exterior. Desde o dia 19 de março, o Departamento de Estado adotou o nível 4 do alerta global de saúde, o mais alto da escala e que recomenda evitar qualquer tipo de viagem internacional.