12 de Maio de 2019. Dia inesquecível para o Sporting Clube de Portugal – sagrámo-nos Campeões Europeus de Hóquei em Patins pela 2ª vez, repetindo o feito de 1977.

Na final o Sporting (que batera por 5-4 o Benfica no dia anterior – golos de Gonzalo Romero-2, Pedro Gil, Matías Platero e Henrique Magalhães) e o FC Porto (que derrotara o FC Barcelona nos penáltis depois de 1-1 ap).

Perante um Pavilhão João Rocha a fervilhar de emoção (aliás, tal como na véspera), o Sporting apresentou-se com Ângelo Girão e Zé Diogo Macedo (gr); Matías Platero, Henrique Magalhães, Pedro Gil, Toni Pérez, Ferran Font, Raúl Marin, Vítor Hugo e Gonzalo Romero. Só faltaram João Pinto e Caio (que alinhou na véspera).

Os primeiros minutos foram relativamente tranquilos pois existia um conhecimento profundo de parte a parte e as duas equipas preferiram não arriscar. No entanto, tudo mudou a partir dos 7 minutos, quando Toni Pérez fez o 1-0 para o Sporting CP – o jogador verde e branco contornou a baliza do FC Porto e finalizou com um gesto técnico perfeito, apontando um golo de belo efeito.

Os nortenhos responderam de seguida, conseguindo o empate por intermédio de Reinaldo García, mas o Sporting CP estava claramente a crescer na partida.

Os campeões nacionais eram presença assídua perto da baliza do rival e chegaram ao 2-1 aos 10 minutos. A assistência de Ferran Font foi brilhante e Vítor Hugo foi o autor do desvio final que resultou em golo e em mais uma explosão de alegria na casa das modalidades do clube de Alvalade.

As oportunidades para o Sporting CP continuaram a surgir e foi sem surpresa quando a nossa equipa aumentou a vantagem – Num livre direto a castigar um cartão azul de Telmo Pinto, Ferran Font fez o que melhor sabe: marcar um golo.

A diferença seria aumentada antes do intervalo – decorria o 24.º minuto e Gonzalo Romero, em boa posição, bateu Nélson Filipe. 4-1 no final dos primeiros 25 minutos e ida para os balneários sob uma enorme ovação dos adeptos leoninos.

Na 2ª parte, começaram a surgir os livres diretos. O FC Porto viu dois serem defendidos por Ângelo Girão (um dos melhores em campo) aos 28 e aos 31 minutos e o Sporting CP, por Ferran Font, desperdiçou outro ao minuto 34. Com o tempo a escassear, os dragões começaram a atacar com mais intensidade, mas a defesa sólida que o Sporting CP já havia demonstrado contra o Benfica, nas meias-finais, continuava a fazer efeito. Ainda assim, os portistas conseguiram o golo ao minuto 39 graças a um remate de Gonçalo Alves. Nesta fase, foi mesmo preciso um Ângelo Girão ao seu nível para impedir que a diferença não diminuisse.

O golo que aproximou o Sporting CP ainda mais do troféu da Liga Europeia chegou aos 42 minutos. No momento em que os leões estiveram menos bem durante todo o encontro, Ferran Font finalizou um contra-ataque de forma perfeita e marcou o 5-2.

Até ao final do encontro, Girão continuou a ser uma autêntica “parede” na baliza do Sporting CP e o FC Porto, em desespero, fez tudo para apontar mais golos, mas não foi possível.

Assim que terminou a partida, o Pavilhão João Rocha explodiu e festejou a conquista de mais um título europeu. 42 anos depois, o Hóquei em Patins do Sporting CP voltou a conquistar o título de clubes mais ambicionado na modalidade.

Após o triunfo, Paulo Freitas e Ângelo Girão marcaram presença na conferência de imprensa e fizeram um balanço da competição, onde agradeceram o apoio dos Sportinguistas e garantiram que o objectivo é continuar a ganhar: “10 jogos [na Liga Europeia], 9 vitórias e 1 empate. Muita qualidade, uma crença e um foco tremendos. Sabíamos o que queríamos e fomos coroados com esta vitória para entregar aos sportinguistas, que bem a merecem. Hoje, mais uma vez, proporcionaram um ambiente brutal e incrível. Isto só está ao alcance dos melhores. Parabéns aos meus jogadores por este trajeto fantástico”, começou por dizer o treinador dos leões. “O que me vai na alma é festejar, ter noção da responsabilidade e queremos continuar a vencer. Ganhar é bom. Os sportinguistas merecem e nós, pelo trabalho que desenvolvemos, também. Muito divertimento e satisfação hoje, mas vontade de continuar a ganhar (…)  Guardamos uma recordação fantástica de um trabalho fantástico, de uma moldura fantástica. Sentimos um grande orgulho por representarmos este clube e por sabermos que colocamos sorrisos nas caras das pessoas. O Sporting CP merece isso. Vou-me recordar toda a minha vida do título de Campeão Nacional da época passada e do de Campeão Europeu deste ano. É para isto que trabalhamos. Viva o Sporting Clube de Portugal”, frisou. Apelidando este momento como “sublime”, Paulo Freitas explicou ainda o motivo pelo qual trocou Caio por Vítor Hugo na ficha de jogo quando em comparação com a meia-final contra o Benfica. “A qualidade do plantel que tenho ao meu dispor permite-me ter opções. Ontem achei que só precisava de um pivô e de movimentos mais largos. Hoje, com o FC Porto, seria diferente. Teríamos de ter referências na cara do guarda-redes e decidi trazer dois pivôs a jogo. Deram a resposta que deram. O Caio não ficou de fora por falta de qualidade, mas sim por opção estratégica”, assegurou o treinador dos Campeões Europeus e Nacionais.

Já Ângelo Girão destacou a recompensa recebida depois de todo o sacrifício da equipa e a atmosfera vivida no Pavilhão João Rocha: “O sentimento de alegria é tão grande que, no final do jogo, vi muita gente a chorar. Este grupo de trabalho merecia esta alegria, merecia um título este ano. Era bastante inglório se acabássemos o ano sem títulos. Trabalhámos e sofremos muito, foi um ano muito carregado emocionalmente. Estas duas casas foram do mais bonito que já vi e joguei. Obrigado aos Sportinguistas por poder jogar num pavilhão assim”.

vídeo

Post to Twitter

Content Protected Using Blog Protector By: PcDrome.