Armando Coelho Barros nasceu a 12 de Maio de 1929 em Fafe. Conhecido como o “leão de Fafe”, foi membro duma famosa dinastia de futebol – a família Barros, de Fafe, e teve em outros seus irmãos jogadores conhecidos no futebol português.

Começou a jogar pelo Sporting de Fafe (uma das mais antigas filiais nortenhas do Sporting, na época 1946/47) disputando o Campeonato Distrital da AF Braga. Juntamente com os seus irmãos tornou a equipa da localidade fafense famosa no futebol nortenho. Célebre era a rivalidade por esses tempos entre o Sp. Fafe e o FC Fafe numa localidade onde, para além da família Barros, também a Alves se destacava pelos seus futebolistas.

A 17 de Abril de 1949 a equipa do Sporting deslocou-se ao Norte para disputar uma eliminatória da Taça de Portugal frente ao FC Tirsense (uma partida que ficou célebre pela eliminação dos leões). Aquando dessa viagem a Norte organizou-se um jogo amigável entre o Sporting e a sua filial fafense. Nessa partida a equipa sportinguista venceu por 8-0, mas ainda assim evidenciou-se a prestação do jovem Armando Barros, que imediatamente foi convidado a ingressar na turma leonina.

No início da temporada de 1949/50 lá estava Armando Barros (que recebeu 50 contos pela assinatura + 15 para o clube originário) integrado na equipa principal sportinguista. Nessa temporada não chegou a alinhar oficialmente. Estreou-se no ano seguinte (com Randolph Galloway), a 28 de Janeiro de 1951, num Sporting-Sp. Covilhã (2-1) para o Campeonato. Nessa temporada acumulou 3 presenças e sagrou-se pela 1ª vez Campeão Nacional.

Em 1951/52 já foi o elemento mais utilizado na direita do meio-campo, o mesmo acontecendo da época que se seguiu. Em 1953/54 o húngaro Janos Hrotko remeteu-o para as reservas mas no ano seguinte reconquistou o lugar. A sua última temporada de verde e branco foi a de 1955/56 (onde já não era presença assídua na equipa) saindo no final para Guimarães (onde esteve 4 épocas). A 16 de Outubro de 1955 jogou pela última vez, numa vitória em Braga por 3-2.

Totalizou 6 temporadas e 74 jogos oficiais pelo Sporting (sem golos marcados). Ganhou 4 Campeonatos Nacionais e uma Taça de Portugal. Fez parte da equipa leonina que estreou a Taça dos Campeões Europeus e foi um elemento importante na conquista pelo clube do inédito tetra-Campeonato Nacional entre 1951 e 1954.

Foi convocado 3 vezes para os trabalhos da Seleção principal de Portugal, todavia, nunca viria a concretizar qualquer internacionalização por causa de infelizes lesões.

Depois de abandonar o Futebol dirigiu os negócios da família, mantendo-se sempre apaixonado pelo Sporting. Foi um dos fundadores do Núcleo Sportinguista de Fafe e homenageado pelos leões pouco depois da sua morte, ocorrida em 2003.

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