Por G1


O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em alta nesta quinta-feira (19), com o Ibovespa buscando uma trégua no forte movimento de vendas, embora permaneçam incertezas sobre os efeitos de medidas econômicas e sociais de combate à epidemia do coronavírus.

O Ibovespa subiu 2,15%, a 68.331 pontos. Veja mais cotações. Na mínima, o índice marcou 61.690 pontos e caiu mais de 7%. Na máxima, foi a 70.071 pontos.

Entenda os efeitos das medidas anunciadas pelo governo na economia

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No dia anterior, a Bolsa chegou a ter os negócios suspensos mais uma vez e recuou 10,35%, a 66.894 pontos, no menor patamar de fechamento desde 3 de agosto de 2017 (66.777 pontos). Desde que a pandemia do coronavírus teve início, o circuit breaker foi acionado seis vezes em apenas oito sessões.

Temor de recessão global

Os mercados globais enfrentaram mais um dia de incerteza nesta quinta, com os investidores avaliando que nem mesmo a série de medidas anunciadas por governos e bancos centrais para combater os impactos do coronavírus será suficiente para evitar uma recessão global.

Na visão do analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos, parece que agora o que realmente irá acalmar os ânimos nos mercados será a queda no número de infectados e a descoberta de uma vacina que seja eficaz para esse mal.

Os preços do petróleo, por sua vez, mostraram recuperação após três dias de fortes quedas, que levaram os preços ao menor nível em quase duas décadas.

Na véspera, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros no Brasil de 4,25% para 3,75%. Especialistas ouvidos pelo G1 avaliam que a decisão do BC foi "ponderada", mas avaliam que a Selic poderá voltar a cair ainda mais porque ainda é difícil prever até onde vai a desaceleração da economia provocada pelo avanço do coronavírus.

No Brasil, mais analistas passaram alertar sobre o risco de uma recessão no primeiro semestre. Os bancos JPMorgan e Goldman Sachs passaram a prever contração da economia brasileira em 2020, com estimativa de queda do PIB (Produto Interno Bruto) entre 1,0% e 0,9% neste ano.

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Também no radar estava a aprovação pelo Plenário da Câmara dos Deputados na véspera do pedido de reconhecimento de calamidade pública enviado pelo governo em função da epidemia do coronavírus e a matéria vai agora ao Senado.

O estado de calamidade pública libera o governo do cumprimento da meta fiscal deste ano para o governo central (Tesouro, Previdência e Banco Central), de R$ 124,1 bilhões, abrindo caminho para mais gastos com a epidemia.

Variação do Ibovespa em 2020 — Foto: Economia G1

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