Testamos: espaçoso e potente, Honda CR-V cobra caro por seu pacote

Se hoje a linha de SUVs e crossovers da Honda conta com uma verdadeira sopa de letrinhas, antigamente só havia o CR-V entre nós. Ele foi o primeiro utilitário esportivo da marca japonesa e estreou a quinta geração no ano passado. O modelo atualizado chegou ao Brasil em 2018 e, para conhecê-lo melhor, o Garagem360 ficou durante uma semana com o carro.

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O visual moderno do veículo tenta passar uma imagem mais esportiva ao veículo. Os vincos são bem destacados, a linha de cintura é ascendente – sendo mais alta na traseira e o desenho em geral tem um ar futurista. Atrás, as lanternas altas são tradicionais e acompanham o CR-V desde a primeira geração. Visto de lado, o carro continua lembrando os modelos da Volvo, como já acontecia na versão anterior.

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Completamente reformulado, o SUV ganhou um conjunto mecânico derivado do Civic Touring. Disponível em apenas uma versão no Brasil, ele é equipado com o propulsor de 1,5l de 190 cv (no sedã são 20 cv a menos). O câmbio é o automático do tipo CVT e que simula até 7 marchas no modo manual. Já a tração é integral nas quatro rodas.

Conforto Honda CR-V

A cabine do CR-V é espaçosa e consegue levar cinco adultos sem apertos. O couro claro dos bancos ajuda a deixar o ambiente arejado, mas os detalhes que imitam madeira não agradam a todos. Condutor e passageiro dianteiro contam com ajustes elétricos para a distância e encosto. No caso do motorista, é possível também regular a altura e a lombar.

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Honda CR-V Touring

Motorização: 1,5l turbo 16V DOHC Duplo VTC com injeção direta de 190 cv (gasolina)

Torque máximo líquido: 24,5 kgfm

Transmissão:Automática do tipo CVT com paddle shifts

Dimensões: 4,59 m x 1,85 m x 1,66 m (comprimento x largura x altura)

Distância entre eixos: 2,66 m

Tanque de combustível: 57 L

Consumo médio: 10,4 km/l cidade/estrada (pelo computador de bordo)

Porta-malas: 522 L

Peso em ordem de marcha: 1.607 kg

Preço: de R$ 189.990

Pontos positivos: design moderno, motor potente e econômico, conforto a bordo

Pontos negativos: preço elevado, tamanho e acabamento que imita madeira de gosto duvidoso

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Embora seja potente, o forte do utilitário é o conforto. O banco é anatômico e até lembra uma poltrona, tratando muito bem o corpo. O motorista tem todos os comandos próximos, e o painel de instrumentos digital tem leitura fácil. Para não desviar a visão, há ainda o head-up display (HUD) que reflete a velocidade em uma tela acima do velocímetro.

Como anda

Outro ponto positivo é a dirigibilidade, que é bem acertada, apesar da suspensão ser um pouco molenga. Na hora de ultrapassar, o carro também vai bem e não perde o fôlego em subidas. Por ser um carro grande (tem 1,85 m de largura e 4,60 m de comprimento), agilidade está longe de ser um de seus méritos. Achar vagas e realizar manobras com o CR-V é um desafio, assim como passar em ruas estreitas.

Vale a compra?

Quem procura um SUV médio conta com diversas opções atualmente. O maior modelo da Honda vendido no país é um dos mais tradicionais, mas o preço na casa dos R$ 190 mil é salgado. Por esse preço dá para comprar concorrentes de sete lugares, como o Peugeot 5008, ou mais potentes, como o Chevrolet Equinox.

Trata-se de um excelente carro, seguindo à risca a cartilha da fabricante japonesa. Seu visual é moderno, o acabamento é muito bem feito e há boas soluções, como o porta-malas que abre ao passar o pé sob o para-choque e fecha ao toque de um botão. Porém, dentro do mercado atual, há rivais que custam menos.

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