Hospital Distrital da Guarda sem cirurgia oftalmológica

Hospital da Guarda (Hospital Sousa Martins)
Hospital da Guarda (Hospital Sousa Martins)
Foto por Rádio Fronteira 106.9 FM Vilar Formoso | Facebook
O Conselho de Administração assinou despacho que reduz especialidade de oftalmologia às consultas, asseguradas por um único médico do quadro e um tarefeiro que trabalha 20 horas por mês. Problemas com a especialidade arrastam-se desde fevereiro, com a saída do então diretor do Serviço de Oftalmologia da Função Pública.

Segundo artigo do Jornal de Notícias, a proibição, por ordem da administração, de cirurgias oftalmológicas no Hospital Distrital da Guarda que se verificou entre fevereiro e agosto, é agora reiterada pela nova administração do órgão de gestão da Unidade Local de Saúde da Guarda (ULSG), que proibiu a inscrição de novos pacientes no sistema.

O despacho de João Barranca, presidente do Conselho de Administração da ULSG, datado da primeira semana de novembro, confirma uma deliberação de 18 de setembro, ainda assinada pela anterior equipa, presidida por Isabel Coelho.

A falta de especialistas no Hospital da Guarda é, segundo o JN, um problema com décadas de existência, agravado na especialidade de oftalmologia desde o início do ano quando o então diretor do Serviço de Oftalmologia saiu da Função Pública e um contencioso da ULSG com o oftalmologista Henrique Fernandes impediu que o mesmo garantisse a substituição do colega nas funções de chefia.

Sem a necessária validação de cirurgias e tratamentos, que deveria ser efetuada pelo diretor do serviço, os doentes, alguns à beira da cegueira, não eram chamados para ser tratados no Hospital Distrital da Guarda, mas também não podiam ser encaminhados para outras unidades de saúde.

Este problema estendeu-se até 21 de agosto, segundo o artigo do JN, quando a Administração Regional do Centro (ARS) acompanhou um parecer prévio do gabinete jurídico da ULSG, indicando que a diretora clínica, Fátima Cabral, validasse as intervenções no Serviço de Oftalmologia.

Ainda assim o problema continuou por resolver, pois menos de 15 dias passados, a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) aceitou uma reclamação interna do Hospital sobre o facto de a diretora clínica estar a dar aval a cirurgias oftalmológicas, quando a sua especialidade era Dermatologia.

A solução encontrada pela anterior administração foi então que os doentes fossem encaminhados para outras unidades de saúde. Decisão reiterada no despacho de novembro assinado pelo atual presidente João Barranca.

 

Proposta do Bloco para a requalificação dos pavilhões Dona Amélia e 5 do Hospital da Guarda foi aprovada

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