12 de Maio de 2024. Pavilhão Rosa Mota (Super Bock Arena) no Porto. Pela 4ª vez na História, após 1977, 2019 e 2021, a equipa de Hóquei em Patins do Sporting CP conquistou a WSE Champions League, ao bater a UD Oliveirense na final por 2-1 (isto depois ter vencido o FC Porto na meia-final por 6-5).

Sem Ferran Font, mas com Matías Platero de volta às opções, a turma de Alejandro Domínguez entrou claramente a mandar na partida. Os leões tentaram o remata várias vezes, acertando na trave numa delas, por Rafael Bessa. O 1º golo acabou por ser o corolário lógico do que se estava a passar, e aconteceu num tiraço (aos 4 minutos) de Gonzalo Romero (Nolito). Entretanto o resultado não foi dilatado devido a várias intervenções meritórias de Xano Edo (guardião da Oliveirense).

Aos pouco a UD Oliveirense começou a conseguir soltar-se, equilibrando a partida. Ainda assim, Toni Pérez acertou no poste, enquanto do outro lado Ângelo Girão ia respondendo com classe sempre que chamado.

Com um curto 1-0, após o regresso do intervalo, assistiu-se a um jogo de alta intensidade, com parada e resposta constante. A formação de Oliveira de Azeméis reagiu e acertou no ferro, por Xavier Cardoso, vendo depois Ângelo Girão começar a destacar-se entre os postes com várias paradas decisivas de elevada dificuldade.

Aos 35 minutos os oliveirenses chegaram ao empate – Matías Platero viu o cartão azul ao travar um ataque perigoso e Lucas Martínez, de livre direto, concretizou. Pouco depois, aos 38, o adversário cometeu a 10ª falta e João Souto, também de livre direto, devolveu a vantagem á nossa equipa.

A vencer por 2-1, o Sporting CP foi mais paciente a atacar, mas continuou a criar perigo – mais do que o adversário. Alessandro Verona ficou perto do golo por duas vezes, seguido de Gonzalo Romero, que só não fez o 3º porque Xano Edo estava numa grande tarde.

Aos 42 minutos os leões atingiram a 10ª falta, mas desta vez Ângelo Girão impediu o golo de Lucas Martínez com uma excelente defesa.

A reta final final da partida revelou uma UD Oliveirense mais ofensiva, em busca de impedir a derrota, mas os leões foram afastando sempre o perigo com uma defesa sólida. No último minuto ainda apostou no guarda-redes avançado para o tudo ou nada, só que não conseguiu ultrapassar a muralha Ângelo Girão, muito bem secundado pelos seus companheiros.

A equipa: Ângelo Girão [GR] [C], Gonzalo Romero, Rafa Bessa, Alessandro Verona e Toni Pérez; Zé Diogo [GR], Matías Platero, João Souto, Facundo Bridge e Henrique Magalhães.

Alejando Domínguez, treinador, afirmou no final: “O Miguel Afonso [do Conselho Directivo] e o nosso director Quim Pauls confiaram em mim sabendo que eu tinha uma situação pessoal muito complexa. Passámos um ano e meio duro, faltei a muitos jogos por um problema pessoal e não foi fácil conciliar a vida pessoal com a profissional. Este é o melhor tributo que podia prestar-lhes porque, em qualquer outro clube, teria acabado o meu percurso muito antes. Agradecer também ao staff, que suportou isso e trabalha muito, apesar de ser invisível (…) Aos jogadores que estão na pista e se comportam como comportam, vou estar eternamente agradecido. São uma equipa extraordinária. Hoje o Ferran Font não participou e foi duríssimo para ele, estava desfeito antes do jogo, mas o capitão ofereceu-lhe a possibilidade de levantar o troféu. Esta equipa tem um espírito especial e quero agradecer-lhes por terem acreditado em mim e continuarem a acreditar (…) Estive muitas vezes na pele da UD Oliveirense e sei o quão duro é. Quero felicitá-los porque são uma grande equipa e fizeram um grande trabalho, merecem o nosso reconhecimento (…) O facto de termos superado SL Benfica, FC Barcelona, FC Porto e UD Oliveirense só dá mais valor a tudo isto. Qualquer Liga Europeia tem o valor que tem, é o principal título a nível Mundial, mas o caminho que fizemos é digno de assinalar. A eliminatória com o FC Barcelona (vitória por 4-1 em casa – golos de Nolito2, Rafael Bessa e Alessandro Verona, derrota por 5-4 fora – golos de Matías Platero, ag, Alessandro Verona e Ferran Font – é um momento que vou colocar na minha vitrine de memórias desportivas. Não guardo medalhas, guardo os momentos-chave da minha vida desportiva. Essa eliminatória foi um momento muito especial para nós e serviu de catalisador para a equipa. Encheu-nos de energia e fez-nos acreditar que podíamos fazê-lo. Foi uma Liga Europeia especial”.

Já depois de ter visto os seus jogadores ‘invadirem’ a conferência de imprensa para festejar a conquista, brindando o técnico com um banho, Alejandro Domínguez fez ainda questão de agradecer aos adeptos e sublinhar o papel que estes tiveram: “Estou muito feliz pelo facto de o Sporting CP, os adeptos e todos no Clube poderem desfrutar deste título. Quando acabou o jogo, vi um pai e uma rapariga que nos seguem sempre para todos os jogos, vão a todo o lado. Ofereci-lhes a minha medalha porque a merecem. Não só eles, mas todos os sportinguistas (…) O título é muito importante para mim, mas é secundário tendo em conta o que vivi. O que é importante é o Clube e o que vivi aqui dentro. Não quero falar muito disto porque me vou emocionar, mas o que vivi aqui é irrepetível a nível humano. Colocar a cereja no topo do bolo é fantástico, mas o principal é a minha passagem por aqui. Sinto um grande alívio pois não queria ir embora sem ter uma alegria assim”, lembrou, convidando os adeptos a juntarem-se à festa que teria início às 21h30 no Pavilhão João Rocha: “Que vão todos para lá, vamos divertir-nos juntos”.

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