Atlético-PR prevê receita de R$ 60 a 70 milhões na Arena da Baixada
Enquanto desfruta o sucesso desportivo do seu campo, o Atlético-PR desenha o plano final para atingir o modelo de rentabilidade esperado para a Arena da Baixada. O sistema de compõe do sócio-torcedor, de bilheteria, de camarotes, de eventos e de um centro comercial que entrará em operação. A estimativa é de uma receita em torno de R$ 60 milhões e R$ 70 milhões por ano.
Como visto na vitória diante do Flamengo, e a liderança no grupo na Libertadores, a Arena da Baixada já é um dos maiores trunfos para o time do Atlético-PR. Por lá, o time paranaense tem um dos melhores aproveitamentos como mandante no Brasileiro com a grama sintética.
O estádio é superavitário para o clube mesmo com os custos de obras. Ressalte-se que isso ocorre porque a prefeitura de Curitiba e o governo do Estado bancaram dois terços da reforma para Copa por meio de títulos construtivos em um acordo para a cidade ser sede do Mundial. O valor total gasto foi R$ 346 milhões. Há um acordo a ser fechado com a prefeitura.
"Só quem está pagando é o Atlético-PR. Porque o prefeito anterior não cumpriu. Mas agora deve sair acordo porque o Rafael Grecca (novo prefeito) que é do mesmo partido do governador", contou o presidente do Conselho Deliberativo, Mario Celso Petraglia. "A nossa prestação não é alta. Dá uns R$ 800 mil, um técnico de futebol."
O Atlético-PR consegue superar com sobras esse valor graças ao seu programa de sócio-torcedor e à bilheteria. O programa de sócio já dá automaticamente direito ao ingresso e rende R$ 36 milhões ao clube por ano. Em bilheteria, dos ingressos que sobram, são entre R$ 5 e 6 milhões.
Há ainda receitas de eventos como UFC e Circuito Mundial de Vôlei, além de camarotes e publicidade. Mas, para atingir o patamar superior de receita, o Atlético-PR conta coma inauguração de um espaço comercial de 15 mil metros que só ficou pronto recentemente. A questão é que a crise da economia nacional tem prejudicado a comercialização desses espaços.
"Dará uma renda anual entre R$ 60 milhões e R$ 70 milhões. Quem não tiver estádio próprio no futebol brasileiro vai ficar para trás", previu Petraglia, apontando para o cenário do complexo da Arena da Baixada em 2018. "A estimativa é muito diferente do que prevíamos (era bem maior). Tivemos que baixar preço de sócio-torcedor, de ingresso por causa da crise. O espetáculo ao vivo não é tão valorizado no Brasil."
A receita significará em torno de um terço do total da renda anual do Atlético-PR. Em 2016, o clube fechou com R$ 180 milhões, valor similar ao do ano anterior. Desse total, um terço vem da venda de jogadores, forte no clube por conta da revelação de atletas, um terço de televisão e um terço de outras rendas. O estádio, portanto, passará a ter parcela significativa nas contas.
Fora a Arena da Baixada, a outra preocupação de Petraglia é a divisão de cotas de televisão, sua maior briga no cenário nacional. Ele prega que o pay-per-view do Brasileiro tem que ter bolo distribuído igualmente como contratos de televisão fechada e aberta. Por isso, participa de um grupo que negocia para tentar convencer a Globo para o contrato de 2019.
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