Pupin deve perder dois secretários com Lei da Ficha Limpa

A aprovação da lei Ficha Limpa municipal deve implicar no impedimento de dois secretários do prefeito Carlos Roberto Pupin (PP) e pelo menos três  de seus assessores de segundo e terceiro escalões. O secretário José Miguel Grillo (Assuntos Comunitário) e o presidente da Maringá Previdência, Dorival Dias (PR), que tem status de secretaria, devem perder os cargos. Grillo foi condenado no caso da quadrilha que vendia CNHs na Ciretran de Maringá, quando era diretor do Detran no governo Requião. Ele recebeu pena de 1 ano, 7 meses e 1 dia de reclusão e 16 dias-multa por “omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante”. Dorival Dias, quando vereador, foi condenado por nepotismo. Na mesma ação foram penalizados os ex-vereadores Edith Dias de Carvalho, diretora da Secretaria de Cultura, e Zebrão, assessor do Gabinete do Prefeito. Emerson Froemming, assessor da Secretaria Municipal de Serviços Públicos, tem condenação de segundo grau no caso da Ciretran.
Outros dois secretários têm condenação para devolver dinheiro público, no caso da verba de gabinete, sobre a qual há dúvidas. Os ex-vereadores Valter Viana, secretário do Desenvolvimento Econômico, e Mário Hossokawa, chefe do Gabinete do Prefeito, foram condenados nesta ação, que transitou em julgado. No TJ-PR, o acórdão não fala em improbidade administrativa, e sim em nulidade e inconstitucionalidade de atos. Somente no STJ houve referência à improbidade, o que, no entanto, dificilmente será levado em consideração no cumprimento. A aprovação do projeto, que é de autoria coletiva, estaria correndo risco por causa de pressão sobre os vereadores da base aliada, exercida pelo secretário de Beto Richa, Ricardo Barros (PP).

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