Profissionais altamente qualificados estão sendo disputados por países
Em todo o mundo, a imigração é um assunto controverso e imigrantes estão sujeitos a restrições. Mas profissionais altamente qualificados têm uma posição especial dentro do contingente de 200 milhões de imigrantes internacionais - eles estão em alta demanda em diversos países.
A demanda por enfermeiras e médicos talvez seja a mais conhecida, mas também há países onde há falta de chefs, como a Bélgica, e de radiógrafos, como a Grã-Bretanha.
Psicólogos e dentistas buscando uma mudança na vida também podem tentar os países nórdicos, onde são necessitados.
Use o guia interativo abaixo para explorar os 20 profissionais internacionais mais procurados e os países que querem seus talentos. Leia também alguns casos de profissionais que mudaram para outros países.
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Clique nos países à direita para ter mais informações sobre a profissão e o país selecionados.
Salário Médio Nacional (PPC)
Enfermeiros
Diversos países* têm alta demanda por profissionais de enfermagem nos últimos 10 anos.
A demanda por enfermeiras na Austrália inclui profissionais especializados em cirurgia e saúde mental. O salário começa em 55.617 dólares australianos (cerca de R$ 118 mil) por ano.
A Áustria lista 14 tipos de enfermeiros e profissionais de enfermagem que o país necessita em 2013, incluindo enfermeiros cirúrgicos, psiquiátricos e pediátricos.
Enfermeiros geriátricos, de cuidados paliativos e de atenção à urgência estão entre os profissionais procurados pela Bélgica.
De acordo com o governo alemão, para cada enfermeiro geriátrico qualificado, há três postos de trabalho que precisam ser preenchidos no país.
O Reino Unido está procurando enfermeiros para o cuidado intensivo neonatal e para centros cirúrgicos.
A Flórida e a Califórnia são os dois Estados americanos com as maiores carências de profissionais de enfermagem qualificados. A média de salário anual é US$ 69.110 -- R$ 140 mil (valor referente a 2011).
Engenheiros mecânicos
Pelo menos 18 países* querem engenheiros mecânicos, especialmente nas indústrias automotiva e aeroespacial.
A lista de profissões em demanda da Áustria inclui 23 tipos de engenheiros mecânicos e técnicos, alguns deles profissionais da indústria automobilística e na indústria de aquecimento, ventilação e ar condicionado (AVAC).
A Alemanha está especialmente interessada em engenheiros para a indústria automobilística.
Cingapura precisa de graduados em engenharia mecânica qualificados para os setores de automação e precisão. Salários começam em US$ 31.200 (R$ 63 mil) por ano.
Apesar da alta taxa de desemprego na Espanha, engenheiros mecânicos são considerados alguns dos profissionais com mais chances de emprego.
O Reino Unido quer engenheiros mecânicos para o setor aeroespacial. O salário de um recém-graduado com qualificação é, em média, 23 mil libras (cerca de R$ 74 mil) por ano.
Médicos
Pelo menos dezoito países* no mundo querem recrutar médicos generalistas e especialistas estrangeiros.
Anestesistas, gastroenterologistas e neurocirurgiões estão entre os especialistas que a Austrália precisa.
A Alemanha precisa de cerca de 5 mil médicos. É a profissão mais bem paga do país, com um salário de, em média, 49 mil euros (cerca de R$ 134 mil) por ano.
A Nova Zelândia precisa de médicos generalistas e pelo menos 10 tipos de especialistas, incluindo cirurgiões gerais e anestesistas.
O Reino Unido precisa de sete tipos de médicos especialistas, entre eles pediatras e ginecologistas, além de consultores nas áreas de hematologia e psicologia forense.
Profissionais de engenharia elétrica
A demanda por engenheiros eletricistas e técnicos nos países está principalmente nos setores de energia e construção civil.
A Áustria precisa de engenheiros e técnicos para os setores de energia e construção civil, assim como para a indústria automobilística.
A engenharia elétrica está entre as 10 profissões mais afetadas pela escassez de profissionais a longo prazo na Hungria.
Em Cingapura, engenheiros elétricos estão em demanda nas indústrias biomédica e química e na indústria aeroespacial, assim como no setor naval.
O Reino Unido precisa de engenheiros eletricistas para a indústria de petróleo e gás e para o setor de distribuição de energia. O salário de um recém-graduado é, em média, 23 mil libras (cerca de R$ 74 mil) por ano.
Desenvolvedores e programadores de TI
Estes profissionais fazem pesquisas, desenvolvem e escrevem códigos e instruções para softwares, aplicativos e páginas de internet.
A lista de profissões em demanda na Áustria tem pelo menos 15 tipos de profissões na área de programação e desenvolvimento para internet, software e multimídia.
A Nova Zelândia tem pelo menos nove tipos diferentes de desenvolvedores e programadores em suas listas mais recentes de profissões em demanda.
Além de desenvolvedores e programadores em geral, Cingapura também precisa de diversos profissionais para o desenvolvimento de jogos de computador.
O Reino Unido quer desenvolvedores de software e shader writers, programadores que criam superfícies de materiais em computação para efeitos especiais. O salário da categoria é cerca de 31 mil libras (R$ 99 mil) por ano.
Engenheiros e analistas de TI
Há uma demanda especial por engenheiros e analistas de sistemas em países que precisam de profissionais de TI. Engenheiros de telecomunicações também costumam ser incluídos nesta categoria.
A Áustria precisa de pelo menos nove tipos diferentes de engenheiros de TI e analistas.
O número de empregos disponíveis para profissionais de TI em Luxemburgo mais que dobrou de 2010 a 2012, de acordo com um levantamento do governo.
A Nova Zelândia tem pelo menos 12 engenheiros e analistas de TI em suas listas de profissões em demanda mais recentes. Salários para analistas de sistemas com até cinco anos de experiência começam em US$ 61.699 (R$ 125 mil) por ano.
O salário de um engenheiro de sistemas no Reino Unido é, em média, 41.800 libras (R$ 134 mil) por ano.
Profissionais de engenharia civil
Especialistas em geotecnia são especialmente populares entre os engenheiros civis no mundo. Há demanda por estes profissionais em pelo menos 8 de 17 países*.
Por causa do grande crescimento do setor de construção, estimulado pelos eventos esportivos que acontecerão no Brasil, mais engenheiros geotécnicos e outros especialistas em engenharia civil têm entrado no país para trabalhar.
O salário de engenheiros civis na Alemanha começa entre US$ 46 mil e US$ 58 mil (R$ 93 mil a R$ 117 mil) ao ano.
De acordo com as autoridades indianas, a indústria de construção civil precisa de pelo menos seis milhões de pessoas por ano, especialmente técnicos.
O salário de engenheiros civis no Reino Unido vai desde 20.800 libras (cerca de R$ 66 mil) no primeiro ano após a graduação até 70 mil libras (R$ 224 mil) por ano para gerentes-diretores.
Profissionais de redes e base de dados (TI)
Estes profissionais podem trabalhar no design, desenvolvimento e suporte de bases de dados, redes e sistemas operacionais.
Na Áustria, especialistas em processamentro eletrônico de dados são os mais procurados nesta categoria.
Um administrador de bases de dados na Nova Zelândia começa ganhando entre US$ 37 mil e US$ 49 mil (entre R$ 75 mil e R$ 99 mil) ao ano.
Há uma demanda especial por profissionais de TI no Centro de Inovação Skolkovo, uma área de negócios de alta tecnologia em Moscou. Profissionais contratados por empresas em Skolkovo têm menos pré-requisitos para serem admitidos na Rússia.
Contadores
Entre os países* que precisam de contadores estão Irlanda e Grécia, que foram fortemente atingidos pela crise financeira.
O setor financeiro é o que mais necessita de profissionais altamente qualificados na Grécia.
Após ser afetada pela crise econômica, a Irlanda precisa de analistas de negócios, de especialistas em risco e especialistas fiscais.
Um contador com três a cinco anos de experiência ganha entre US$ 48.757 e US$ 61 mil (entre R$ 98.800 e R$ 123 mil) por ano em Cingapura.
Dentistas
Todos os países escandinavos e a Finlândia dizem precisar de dentistas altamente qualificados e com experiência.
Há uma diferença de 58% entre o número de dentistas trabalhando e o número vagas para dentistas nas áreas rurais da Índia, de acordo com o relatório de 2012 da Comissão de Planejamento do país.
O salário anual de um dentista na Suécia é de cerca de US$ 78.826 mil (R$ 159.800).
Farmacêuticos
Há demanda por farmacêuticos altamente qualificados em hospitais e indústrias para pesquisa, prescrição e teste de medicamentos.
Um farmacêutico com um a cinco anos de experiência ganha de US$ 57.579 a US$ 65.810 (de R$ 116 mil a R$ 133 mil) por ano na Nova Zelândia.
Engenheiros industriais e de produção
Engenheiros industriais e de produção podem trabalhar na pesquisa, design e organização ou supervisão da operação e manutenção de plantas industriais.
Cingapura precisa de engenheiros de produção e processamento no setor aeroespacial, assim como nos setores naval e de plataformas marítimas.
O Reino Unido precisa de engenheiros de produção e processamento no setor aeroespacial.
Engenheiros eletrônicos
Especialistas são procurados em pelo menos oito países* do mundo para trabalhar no design, desenvolvimento e supervisão da fabricação de produtos eletrônicos.
Os engenheiros eletrônicos começam ganhando US$ 24.696 (R$ 50 mil) na Nova Zelândia. O salário pode chegar até US$ 82.327 (cerca de R$ 167 mil) por ano para profissionais experientes.
Engenheiros químicos
Engenheiros químicos são procurados em setores como desenvolvimento de produtos, tratamento de água e no setor de gás e petróleo.
Um engenheiro químico na Nova Zelândia ganha entre US$ 41 mil e US$ 82 mil por ano (entre R$ 83 mil e R$ 166 mil).
O salário de um engenheiro químico em Cingapura começa em aproximadamente US$ 28 mil (R$ 56 mil) por ano.
Engenheiros de minas e petróleo
Engenheiros especializados na extração de metais, minerais, petróleo e gás natural são procurados especialmente em países em desenvolvimento como o Brasil.
A demanda por engenheiros de minas e petróleo no Brasil cresceu após a descoberta das reservas do pré-sal, que podem colocar o país entre os 10 maiores produtores do mundo.
O Reino Unido incluiu pelo menos 10 tipos diferentes de engenheiros de minas ou petróleo em suas listas de profissões em demanda.
Fisioterapeutas
Fisioterapeutas estão entre os profissionais altamente qualificados mais procurados no setor de saúde.
Na Austrália, um fisioterapeuta com experiência clínica pode ganhar desde US$ 59.500 (R$ 120 mil) até US$ 83.600 (R$ 169 mil) por ano.
De acordo com o Departamento de Estatísticas Laborais dos Estados Unidos, espera-se que o número de vagas para fisioterapeutas cresça 39% até 2020, acima da média de crescimento para outras profissões.
Psicólogos
Todos os países* onde há demanda por esta profissão exigem dos profissionais estrangeiros pelo menos um mestrado na área.
A demanda na Nova Zelândia é por psicólogos clínicos e educacionais. Salários para profissionais com três a dez anos de experiência ficam geralmente entre US$ 50.400 e US$ 80.200 por ano (entre R$ 102 mil e R$ 162 mil).
Psicólogos na Suécia ganham, em média, US$ 60,500 (R$ 122 mil) por ano.
Radiógrafos
Técnicos em imagem médica como os radiógrafos são cada vez mais procurados por laboratórios e serviços especializados em diagnóstico.
O salário anual de um técnico em radiologia no Reino Unido pode variar entre 20.710 libras (R$ 66 mil) para um técnico em radiologia terapêutica e 44.258 libras (cerca de R$ 142 mil) para um consultor em diagnóstico.
Audiólogos e terapeutas da fala
Audiólogos podem avaliar, administrar e tratar distúrbios físicos que afetam a audição, a fala e a comunicação.
Na Nova Zelândia, um audiólogo ganha entre US$ 37.200 e US$ 91 mil por ano (entre R$ 75.430 e R$ 184 mil). Terapeutas da fala ganham até US$ 62 mil (R$ 125 mil) por ano.
Chefs
Pelo menos cinco países* no mundo dizem precisar de chefs de cozinha altamente qualificados, com cerca de cinco anos de experiência.
Chefs de cozinha na Nova Zelândia ganham de US$ 13,20 a US$ 22,33 (de R$ 27 a R$ 45) por hora.
O Reino Unido está interessado somente em chefs para posições sênior: chefs executivos, chefs de cozinha, sous-chefs e chefs especialistas. No entanto, os professionais candidatos ao visto não podem ser empregados em restaurantes de fast-food nem em restaurantes de franquia.
Austrália
A Austrália foi um dos primeiros países a introduzir o sistema de pontos para a imigração e programas para atrair imigrantes altamente qualificados. Recentemente, o país adotou uma política mais seletiva de profissionais estrangeiros, para responder às demandas específicas de regiões do interior do país. O governo também reduziu pela metade o número de categorias de visto e revisou seu sistema de pontos para favorecer profissionais com mais experiência, maior proficiência em inglês e melhores qualificações acadêmicas.
US$ 44.983
Áustria
A migração para a Áustria cresceu significativamente desde a implementação da liberdade de movimento com os 10 países que entraram na União Europeia em 2004. O emprego também aumentou mais para imigrantes do que para nativos nos últimos anos, de acordo com a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Desde 2012, a Áustria usa um sistema de pontos para imigrantes altamente qualificados, que podem conseguir dois tipos de cartões: o cartão RWR (Vermelho-Branco-Vermelho) permite morar e trabalhar no país com um empregador específico e o cartão RWR plus permite morar e ter livre acesso ao mercado de trabalho.
US$ 43.555
Bélgica
A Bélgica facilitou significativamente o acesso à cidadania em 2000, introduzindo um dos regimes mais liberais da OCDE. Cada região do país tem uma lista de profissões em demanda, usadas para compilar uma lista nacional. Para os profissionais qualificados nestas áreas, as condições para conseguir visto de trabalho e residência são mais flexíveis. Agora, trabalhadores estrangeiros altamente qualificados compõem uma parte maior do total de vistos de trabalho no país, já que a maior parte dos trabalhadores pouco qualificados eram cidadãos europeus que já não precisam de visto.
US$ 44.364
Brasil
O enfoque do Brasil para a imigração de profissionais é baseado nas demandas das empresas no país, que precisam pedir a autorização do Ministério do Trabalho para contratarem estrangeiros. Os profissionais com mestrado ou doutorado só precisam comprovar suas qualificações para conseguirem o visto de trabalho. Durante o período recente de crescimento econômico, a indústria brasileira começou a enfrentar dificuldades para contratar profissionais altamente qualificados, especialmente nas áreas de engenharia e TI. Setores do governo começam a discutir a adoção de políticas específicas para facilitar a imigração destes profissionais, como listas de profissões em demanda.
US$ 9.336
Canadá
A imigração para trabalho aumentou nos últimos anos no Canadá, em resposta à demanda crescente por profissionais. No entanto, o país mudou o enfoque de sua política para selecionar estrangeiros mais qualificados. O governo canadense mantém uma lista de 29 profissões em demanda, mas parou temporariamente de aceitar novas inscrições para essa seleção, enquanto organiza os processos já em andamento até meados de 2013. O objetivo da decisão é agilizar a concessão de vistos. Atualmente, só profissionais que já tem ofertas de emprego no país ou que tem PhD podem entrar com o pedido de visto para trabalho.
US$ 42.253
China (Hong Kong)
Em 2006, a Região Administrativa Especial (RAE) de Hong Kong introduziu um sistema de pontos para selecionar imigrantes qualificados tem admitido mais de 20 mil estrangeiros para trabalho anualmente, segundo a OCDE. Hong Kong não tem uma lista oficial de profissões em demanda, mas relatórios oficiais prevêem escassez em algumas áreas até 2018, especialmente em TI, saúde e engenharias. A China não tem política oficial para a atração de imigrantes altamente qualificados. Atualmente, eles só podem trabalhar no país se forem considerados especialistas em sua área. O governo se concentra em atrair de volta profissionais chineses qualificados que vivem em outros países.
US$ 18.540
República Tcheca
A imigração para a República Tcheca tem diminuído regularmente desde 2008. O programa para atrair imigrantes altamente qualificados, que existia desde 2003, chegou ao fim em 2010. No entanto, foram implantados um "Cartão Verde" e o "Cartão Azul Europeu" para facilitar o acesso dos estrangeiros de fora da União Europeia ao mercado de trabalho. Os cartões simplificam o processo de entrada de estrangeiros que têm qualificações para as quais o país tem postos de trabalho abertos - mas que ainda não foram preenchidos por cidadãos tchecos e da UE.
US$ 19.630
Dinamarca
Em 2008, a Dinamarca adotou a chamada "Lista Positiva" para facilitar a entrada de profissionais em demanda no país. Um sistema de pontos também podem permitir que o estrangeiro consiga um "Cartão Verde", que permite procurar trabalho no país. Em 2011, o novo governo dinamarquês anunciou reformas nas políticas de imigração. A autorização de residência permanente agora é baseada em quatro condições: pelo menos cinco anos de residência no país, três anos de emprego em tempo integral, autossuficiência financeira e uma prova de língua.
US$ 45.560
Finlândia
Em janeiro de 2012, a Finândia implementou a norma do Cartão Azul da União Europeia para emitir vistos de trabalho e autorizações de residência a imigrantes altamente qualificados de fora da UE. Eles devem ter pelo menos um ano de experiência de trabalho em áreas onde há demanda. Para receber o cartão azul, o imigrante precisa ter uma oferta com salário acima da média. A Finlândia usa uma lista de profissões em alta e média demanda para selecionar estrangeiros.
US$ 36.676
França
Em 2011, a França adotou o Cartão Azul da UE e reduziu sua lista de profissões em demanda de 30 para 14 itens. O governo também implantou leis mais restritas, permitindo que estudantes altamente qualificados permaneçam no país apenas como trabalhadores temporários, para ganharem experiência no mercado. No entanto, a França também mantem listas de profissões (de diversos níveis de capacitação) exclusivas para a entrada de cidadãos de países africanos com quem o governo francês tem acordos, como Congo, Benin, Burkina Faso e Tunísia.
US$ 38.128
Alemanha
Desde 1973 a Alemanha proibiu o recrutamento de trabalhadores estrangeiros para proteger sua força de trabalho doméstica. No entanto, a falta de profissionais altamente qualificados em áreas como engenharias, TI e saúde obrigou o governo a implementar o Cartão Azul da UE em 2012, facilitando o acesso de pessoas de fora da UE. Profissionais qualificados também podem entrar no país e permanecer por seis meses para procurar emprego.
US$ 40.223
Grécia
A Grécia é um dos países mais duramente afetados pela recessão econômica e enfrenta taxas de desemprego alarmantes. De acordo com a OCDE, grande parte da imigração para o país na última década consistiu de trabalhadores de baixa qualificação. Atualmente, profissionais de baixa e média qualificação estão em demanda em partes do país. Mas o setor financeiro tem demanda por profissionais altamente qualificados. A Grécia, no entanto, não tem um programa específico para atrair estes imigrantes.
US$ 26.295
Hungria
A crise econômica também causou um declínio na imigração para a Hungria, depois que a entrada de estrangeiros alcançou níveis sem precedentes em 2008. Mas o país tem adotado medidas específicas para atrair empreendedores e profissionais qualificados, especialmente no setor de saúde. Em 2011, o governo húngaro implementou o Cartão Azul da UE, que permite a entrada de profissionais de fora da União Europeia, e aprovou leis que isentam altos executivos dos testes de mercado necessários para serem admitidos no país.
US$ 19.437
Índia
A Índia é um dos maiores exportadores de imigrantes qualificados e estudantes do mundo, especialmente para os países da OCDE. Até agora, o governo indiano se concentrou em atrair profissionais altamente qualificados entre os seus próprios cidadãos e descendentes que vivem fora do país. Programas de educação também foram criados para treinar a população e suprir a demanda do mercado. O país não tem uma lista de profissionais em demanda oficial, mas relatórios do governo falam de uma escassez persistente de profissionais qualificados, especialmente nos setores de saúde e construção civil.
US$ 3.540
Irlanda
A Irlanda experimentou uma queda aguda na sua taxa de imigração líquida (diferença ente o número de pessoas que entram e saem do país) desde o início da crise financeira. Imigrantes, especialmente os profissionais de alta e média qualificação, perderam mais empregos do que os nativos. Desde 2012, o governo mudou sua política de imigração para atrair profissionais selecionados. O país limitou a concessão de vistos de trabalho para os que possuem ofertas de emprego com salários altos e para profissionais em áreas de escassez reconhecida oficialmente, que entram o país pelo programa do "Cartão Verde".
US$ 50.764
Luxemburgo
Durante a crise econômica, o número de empregos para imigrantes em Luxemburgo aumentou mais do que para os trabalhadores nativos. Em 2011, o país adotou o Cartão Azul da UE para cidadão de fora da União Europeia de do Espaço Econômico Europeu (EEE). Para se classificarem, os profissionais estrangeiros precisam ter um diploma de educação superior ou cinco anos de experiência profissional especializada, um contrato de trabalho de pelo menos um ano no país e um salário de pelo menos 66 mil euros (R$ 180 mil) por ano ou 53 mil euros (R$ 144 mil) para profissões em demanda, especialmente no setor de TI.
US$ 52.847
Nova Zelândia
A Nova Zelândia foi um dos primeiros países a adotar um sistema de pontos e listas de profissionais em demanda para atrair imigrantes qualificados. Em 2010, uma nova lei de imigração entrou em vigor, introduzindo vistos interinos que permitem que os profissionais comecem a trabalhar antes mesmo de que seus vistos permanentes sejam liberados. A lei também fortaleceu o sistema de patrocínio, estabelecendo mais responsabilidade para as empresas que contratam estrangeiros. A entrada de investidores, empreendedores e pesquisadores acadêmicos convidados também foi facilitada.
US$ 27.396
Noruega
Em 2010, a Noruega atingiu um novo recorde de imigração, especialmente por causa dos fluxos de livre circulação de países como Suécia, Lituânia e Polônia. O país estabeleceu um limite anual de 5 mil imigrantes qualificados que nunca foi alcançado e o governo tem adotado medidas para atrair empreendedores. Em 2011, o número de autorizações de trabalho para imigrantes qualificados atingiu um pico. A Noruega tem atualmente uma lista de cerca de 150 profissionais em demanda, incluindo profissões de alta, média e baixa qualificação.
US$ 43.990
Polônia
O número de autorizações de trabalho para estrangeiros aumentou entre 2010 e 2011 na Polônia, de acordo com a OCDE. Reconhecendo a necessidade de atrair e manter profissionais altamente qualificados, o governo também adotou novos critérios de migração. Cinco tipos de autorizações de trabalho foram criados. Profissionais com habilidades específicas que estão em demanda não precisarão de testes de mercado para serem admitidos no país. E os empregadores têm que pagar aos estrangeiros um salário que não seja inferior ao de um polonês.
US$ 20.069
Portugal
Um dos países mais afetados pela crise, Portugal teve uma diminuição na imigração e um aumento na emigração, especialmente para Angola e para o Brasil. Segundo a OCDE, estima-se que sejam mais de 70 mil partidas por ano e que mais da metade dos emigrantes sejam pessoas de menos de 29 anos. Em 2010, a cota de vistos de trabalho para Portugal ficou abaixo da cota anual estipulada pelo governo. Em 2012, o país adotou o Cartão Azul da UE para cidadãos de fora da União Europeia com ofertas de emprego com salários altos.
US$ 22.742
Rússia
A Rússia também experimentou um aumento na imigração, graças a medidas facilitanto o acesso de profissionais estrangeiros ao mercado de trabalho. O procedimento para recrutar especialistas altamente qualificados foi simplificado em 2010. O principal critério para a aceitação é um salário mínimo anual de 2 milhões de rublos (cerca de R$ 135 mil), mas somente metade deste valor para professores e pesquisadores de alto nível. Os imigrantes considerados aptos também podem levar suas famílias ao país.
US$ 14.580
Cingapura
Nos últimos anos, Cingapura emergiu como um dos países mais atraentes para profissionais qualificados, com uma série de políticas para apoiar a imigração. Há 93 habilidades na lista de profissões em demanda e o país admitiu cerca de 174 mil profissionais até junho de 2012. Em setembro do mesmo ano, o governo aumentou as exigências de salário para que os imigrantes levem suas famílias, com a justificativa de "diminuir a pressão" sobre a infraestrutura social.
US$ 31.392
Eslováquia
Em 2011, o governo da Eslováquia aprovou uma nova política de imigração para atrair mais profissionais estrangeiros altamente qualificados em resposta às necessidades do mercado. O país também adotou um Cartão Azul da UE para cidadãos fora da União Europeia e começou a oferecer vantagens econômicas para facilitar a integração de profissionais qualificados retornando para o país. A Eslováquia não tem uma lista oficial de ocupações em demanda, mas setores do governo produzem relatórios sobre o assunto.
US$ 19.068
Eslovênia
Em 2009, o governo respondeu à crise econômica reduzindo a cota anual de autorizações de trabalho para cidadãos fora do Espaço Econômico Europeu. Como resultado, a imigração caiu pela metade em 2010. Recentemente, a Eslovênia adotou medidas para atrair profissionais de dentro e de fora da União Europeia e do EEE. Em 2011, o país adotou o Cartão Azul Europeu. Uma nova lei de imigração também diz que parceiros do mesmo sexo e parceiros de uniões estáveis são considerados membros da família e podem obter vistos de residência e trabalho.
US$ 32.480
África do Sul
A África do Sul tem a maior população de imigrantes altamente qualificados do continente africano e está tentando fortalecer os vínculos com os cidadãos qualificados que deixaram o país. Desde 2002, o governo também adotou uma política aberta de admissão de profissionais especializados que querem trabalhar no país. Anualmente, o governo produz uma lista de habilidades escassas no país para selecionar imigrantes. Eles são admitidos com o visto de cota de trabalho, e tem que provar pelo menos cinco anos de experiência de trabalho.
US$ 22.056
Espanha
Desde o início da crise econômica, a Espanha enfrenta quedas na imigração e o aumento da emigração, devido às massivas perdas de emprego. De acordo com a Pesquisa de População Ativa no país, a taxa de desemprego de estrangeiros alcançou 32% até meados de 2011. No mesmo ano, a Espanha implementou o Cartão Azul da UE para cidadãos qualificados de fora da União Europeia com ofertas de emprego. Mas outras medidas restritivas à imigração laboral foram tomadas para proteger a força de trabalho doméstica.
US$ 34.387
Suécia
O regime de migração para trabalho da Suécia é considerado um dos mais liberais da Europa. Desde 2008, o recrutamento de profissionais de países fora do Espaço Econômico Europeu (EEE) foi facilitado. O país tem uma lista de cerca de 80 profissões em demanda, incluindo profissões de alta, média e baixa qualificação. Os candidatos precisam ter, por escrito, uma oferta de trabalho de um potencial empregador na Suécia. Membros das famílias também recebem autorização para residir e trabalhar no país.
US$ 37.734
Suíça
A Suíça tem uma das maiores populações de imigrantes da Europa, a maioria deles altamente qualificados. Durante a crise, o desemprego dos cidadãos suíços aumentou mais mais que o dos imigrantes no país. A maior parte dos profissionais que migra para a Suíça vêm da União Europeia, já que as regras para obter uma autorização de trabalho são mais rigorosas para cidadãos de fora da UE e do EEE. Estrangeiros de outros países precisam ter uma oferta de emprego e os empregadores devem mostrar que fizeram "esforços intensivos" para recrutar profissionais europeus.
US$ 50.242
Reino Unido
Desde 2010, o sistema de imigração do Reino Unido se tornou mais restrito e determinado pela demanda de empresas. Neste ano, o governo introduziu medidas para reduzir a taxa de migração, com o propósito de proteger a força de trabalho doméstica. As medidas incluíam limites ao número de pessoas admitidas ao país pelas categorias para profissionais altamente qualificados (Tier 1 e Tier 2). Em 2011, a lista de profissões em demanda do país também foi reduzida. Em 2012, algumas das condições para a admissão foram novamente flexibilizadas em resposta a pedidos de empregadores.
US$ 44.743
Estados Unidos
Entre 2000 e 2010, entraram no mercado de trabalho americano três novos imigrantes altamente qualificados para cada pessoa que se aposentou, de acordo com a OCDE. Mas desde a crise econômica, setores que geralmente empregam trabalhadores altamente qualificados, como o setor financeiro, registraram grandes perdas de postos de trabalho. Os Estados Unidos mantêm a chamada lista "Schedule A" de profissões em demanda. Estes profissionais têm suas condições para solicitarem um Green Card facilitadas, mas precisam ter uma oferta de emprego.
US$ 54.450
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