Edição do dia 11/03/2013

11/03/2013 22h16 - Atualizado em 11/03/2013 22h16

Morre no Rio, aos 92 anos, Wilson Fittipaldi

Ele era o patriarca da família que é uma das principais responsáveis pelo desenvolvimento do automobilismo no Brasil.

Morreu, nesta segunda-feira (11), no Rio, aos 92 anos, Wilson Fittipaldi, o patriarca da família que é uma das principais responsáveis pelo desenvolvimento do automobilismo no Brasil.

Wilson Fittipaldi decidiu morar no Rio de Janeiro havia sete anos. Talvez uma homenagem à cidade que deu a ele a oportunidade de ver a primeira corrida de carros, bem de pertinho, em 1935.

O vasto bigode e a descendência italiana lhe renderam o apelido de Barão. Participou de corridas, ajudou a fundar o Autódromo de Interlagos e a Confederação Brasileira de Automobilismo.

“Ele foi fundamental para que Fórmula 1 tivesse peso que tem hoje em dia”, disse Rubens Barrichello.

Barão também foi pioneiro fora das pistas. No fim dos anos 1940, se tornou o primeiro narrador de automobilismo do rádio brasileiro, e pôde viver a emoção de contar para todo o país, em 1972, o feito do filho mais novo, Émerson, o primeiro brasileiro campeão mundial de Fórmula 1.
“Acho que é um momento especial. Toda vez que lembro, a voz dele, a emoção, nunca mais vou esquecer”, disse, emocionado, Émerson Fittipaldi, filho mais novo de filho mais novo de Wilson Fittipaldi.

Émerson conquistaria o bicampeonato dois anos depois. A família do Barão Wilson teve também o Wilsinho como piloto e o filho dele, Christian, neto do barão. Mas o time completo é bem maior. Os tricampeões Nelson Piquet e Ayrton Senna, Felippe Massa, Rubens Barrichello e todos os brasileiros que aprenderam a amar a Fórmula 1.

“Aquilo que ele nos deixou de verdade era aquele sorriso”, completou Rubinho.

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