Valor OnLine

11/04/2013 14h36 - Atualizado em 11/04/2013 15h12

Banda larga deve receber R$ 125 bi em dez anos, diz ministro

Valor é superior ao de R$ 100 bilhões estimados anteriormente.
Bernardo diz que será preciso buscar alternativas em municípios distantes.

Do Valor OnLine

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta quinta-feira (11) que a nova etapa do Programa Nacional de Banda Larga, que foi batizada de 'PNBL 2.0', já está com o valor estimado em investimentos em R$ 125 bilhões para os próximos dez anos. O custo é superior ao de R$ 100 bilhões previsto anteriormente.

"Se formos pegar as redes de longa distância, em cerca de R$ 27 bilhões de infraestrutura, e as redes de acesso nas cidades, com mais R$ 100 bilhões, estamos falando de algo em torno de R$ 125 bilhões em investimentos"', disse Bernardo. Segundo ele, o assunto foi discutido esta semana com a presidente Dilma Rousseff.

Para atender à demanda por redes de fibras ópticas, o ministro disse que já definiu algumas alternativas. "Por exemplo, nas frequências de 700 megahertz [mhz], vamos colocar parte das construções de rede de longa distância. Essa vai ser uma das prioridades que a gente tem conversado com a Anatel [Agência Nacional de telecomunicações], que achou perfeitamente viável", disse ao se referir à faixa de radiofrequência que será liberada pelos canais de TV aberta, após a migração para sistema digital, para os serviços de quarta geração de celular (4G).

"Já temos 3,2 mil municípios com rede de fibras ópticas, o que significa que existem mais de 2 mil onde ainda precisaria ser feita a instalação. Mas existem alguns casos em que isso não é viável, como no interior da Amazônia, por exemplo, onde não é possível levar a rede de fibra óptica até o município. Teremos que ter a alternativas [de conexão] por satélite ou rádio", afirmou.

Bernardo reiterou que os serviços de 4G na faixa de 700 Mhz serão ofertados somente em 2015. "Vamos fazer o leilão em março, mas isso leva mais um período para assinarmos os contratos em meados do ano, em 2014. E as empresas têm que construir a infraestrutura para atender. Com isso, vai ser só em 2015", disse o ministro.

Durante a Copa das Confederações e Copa do Mundo de 2014, os serviços 4G estarão disponíveis no país com o uso da frequência de 2,5 gigahertz (Ghz), que foi licitada no ano passado pela Anatel.

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