1924. Óleo sobre tela. (Foto: Divulgação)
Enquanto os líderes dos países estão no Rio Centro tentando fechar acordos para o texto final, esposas de presidentes vão conhecer a Amazônia, no próprio Rio de Janeiro. A exposição "Amazônia- Ciclos de Modernidade", no Centro Cultural Banco do Brasil, faz parte da agenda das comitivas.
São dois mil metros quadrados de fotografias, pinturas, desenhos, objetos e vídeos que contam trezentos anos de história visual da Região. Na primeira sala da exposição, obras de Sebastião Salgado, Berna Reale e Maria Martins. Imagens que usam uma linguagem metafórica e apontam para a crítica social.
Há também documentos raros como a reprodução de um mapa do século XVIII que mostra os curso dos rios da Bacia Amazônica e obras de arte famosas, expostas pela primeira vez. A tela 'O batizado de Macunaíma' de Tarcila do Amaral pertence a um colecionador particular e agora pode ser vista por todos.
Uma das salas é dedicada exclusivamente ao ciclo da borracha com um grande painel com reproduções de imagens curiosas. Na parede, uma cédula de dinheiro gigante da Indonésia que mostra um seringueiro asiático extraindo o látex. Lembrança de um século atrás quando o Brasil perdeu a hegemonia da produção da borracha para a Malásia. "Há informações aqui que a maioria dos brasileiros desconhece. Eu mesmo que estudo e me interesso por informações da Amazônia estou vendo algumas coisas pela primeira vez", diz o professor Rodrigo Schwerpmer.
A exposição que apresenta o acervo de mais de dezessete instituições fica em cartaz até o dia 22 de Julho e tenta aumentar o conhecimento sobre a Região Amazônica. "A gente aqui no Rio e em São Paulo acha que na Amazônia só tem mato. E não é isso. Estamos mudando esse pensamento", diz a estudante Renata de Assis.