Assista a um tutorial que mostra os truques para se adaptar ao programa : 

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CLIQUES A MENOS
Com a nova tela, o Windows 8 procura tornar a navegação muito mais intuitiva

Fazia tempo que não se juntavam na mesma frase o adjetivo “revolucionário” e o nome da empresa criada por Bill Gates, a Microsoft. Enquanto Steve Jobs e a Apple passaram a última década emplacando uma inovação de sucesso atrás da outra, a concorrente amargava fracassos como o tocador de música Zune e o celular Kin. Nem mesmo o Windows, o sistema operacional instalado em 97% dos PCs no mundo, escapou dos estragos decorrentes de momentos menos inspirados da empresa. Com chegada ao mercado agendada para 26 de outubro, o Windows 8 vem com a responsabilidade de dar um lustro na imagem da Microsoft. E deve chegar lá. Com suas novidades sob medida para um mundo repleto de dispositivos touchscreen e dominado por smartphones, é considerado o mais revolucionário software da marca desde o lançamento do Windows 95, 17 anos atrás.

Para ter uma ideia de quão profunda foi a mudança, basta saber que o botão “Iniciar”, por meio do qual se fazia quase tudo até o Windows 7, foi extinto. Sem ele, o usuário precisa se reprogramar para uma nova maneira de navegar pelo sistema. Agora, a tela principal exibe ícones retangulares e aplicativos que funcionam em tela cheia, como nos celulares. Para o usuário comum, o desafio inicial é localizar todas as funções e programas que antes ficavam acessíveis por meio do “Iniciar”. “No primeiro momento, o usuário pode sentir alguma dificuldade, mas é fácil se acostumar”, diz Aurélio Minerbo, especialista em sistemas operacionais e fundador do site Baboo. O Windows 8 tem um sistema de busca instantânea muito mais intuitivo, rápido e preciso do que nas versões anteriores. Por meio de palavras-chave, encontra aplicativos, documentos, fotos, músicas, etc. Esse mesmo mecanismo permite localizar exatamente os parâmetros que o usuário deseja personalizar. Por exemplo, para modificar a resolução da tela, basta digitar “resolução” no campo de busca e clicar no primeiro resultado exibido.

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O maior indício de que o produto entrará para a história como um dos pontos altos na trajetória da Microsoft vem de empresas como Acer e Vizio, que já preparam o lançamento de computadores com touchscreen, feitos para explorar ao máximo os recursos do novo produto. De fato, a nova interface do Windows 8 – e de sua versão para dispositivos móveis, a RT – é muito mais voltada à chamada experiência do usuário. Por isso, a empresa aposta em aplicativos de todos os tipos, disponíveis na chamada Windows Store, que vai concorrer com a App Store, da Apple, e o Android Market, do Google.

Mas é justamente nos aplicativos – ou na falta deles – que pode estar o calcanhar de aquiles do Windows 8. A loja da Microsoft tem pouco mais de dois mil programas, enquanto a App Store conta com cerca de 200 mil apenas para o iPad. A esperança é que, com o lançamento oficial, os desenvolvedores acelerem o processo de criação e deem ao Windows 8 as armas para competir em pé de igualdade. Outra medida para evitar o escoamento de usuários é facilitar a vida de quem tem a versão anterior rodando no PC. Computadores com Windows 7 adquiridos entre 2 de junho de 2012 e 31 de janeiro de 2013 poderão ser atualizados para o Windows 8 Pro mediante pagamento de R$ 29. O download do novo sistema operacional estará disponível no site da Microsoft a partir de 26 de outubro. Mais um sinal de que a empresa aprendeu uma lição fundamental com os seus erros do passado: “Com consumidores, você tem apenas uma chance de fazer dar certo”, lembra o analista Patrick Moorhead, da consultoria Moor Insights & Strategy. 

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