17/11/2012 11h59 - Atualizado em 17/11/2012 11h59

Monja de 85 anos ensina menino a pintar e sonha vê-lo em escola de arte

A cena da freira pintando no muro chama a atenção em Guajará-Mirim, RO.
Maria Eugenia sonha matricular seu aluno em uma escola de arte.

Rosiane VargasDo G1 RO

Monja  Maria Eugenia Bernardo, de 85 anos, é pintora desde os 14 (Foto: Rosiane Vargas/G1)Monja Maria Eugenia Bernardo, de 85 anos, é pintora desde os 14 (Foto: Rosiane Vargas/G1)

A cena de uma monja de 85 anos pintando uma paisagem no muro do Mosteiro Nossa Senhora do Seringueiro, em pleno sol da tarde, chama a atenção de quem passa pela Avenida Presidente Dutra, em Guajará-Mirim (RO). Monja beneditina, Maria Eugenia Bernardo disse que aproveitou o dia ensolarado para retocar a pintura desenhada por ela, há três anos.

Enquanto trabalhava na paisagem típica da região amazônica ao lado de seu ajudante, André Santos, de 16 anos, Maria Eugenia falou do seu principal sonho. “Espero estar viva quando este menino [André] completar o segundo grau, para tentar inscrevê-lo em uma escola de arte”, afirmou a monja ao demonstrar o carinho pelo seu aluno de pintura.

A religiosa incentivou o adolescente André a iniciar o ensino fundamental para depois estudar arte (Foto: Rosiane Vargas/G1)A religiosa incentivou o adolescente André a iniciar o ensino fundamental para depois estudar arte (Foto: Rosiane Vargas/G1)

André, que está no 5° ano do ensino fundamental, foi motivado a iniciar os estudos escolares pela freira, que percebeu nele o dom da arte de pintar. “Ele é dotado. Já pintava antes desenhos, letras e paisagens. Agora está aperfeiçoando a técnica”, afirma a religiosa ao avaliar o adolescente.

Maria Eugenia que pinta desde 14 anos, idade que iniciou a vida religiosa, diz que começou pintando cartazes para estudantes e professores, em Jardinópolis, distrito de Ribeirão Preto (SP) e com o dinheiro das vendas ajudava nas missões do convento. A partir daí, aperfeiçoou as técnicas e em uma missão na África e ensinou a arte para crianças carentes, que segundo a religiosa, posteriormente se tornaram profissionais. Mesmo destino que agora sonha para o menino André.

Cena da monja pintando o muro chama a atenção de quem passa na rua (Foto: Rosiane Vargas/G1)Cena da monja pintando o muro chama a atenção de quem passa na rua (Foto: Rosiane Vargas/G1)

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