Depois de uma segunda-feira histórica, marcada por protestos pacíficos na sua imensa maioria, manifestantes voltaram às ruas de diversas cidades nesta terça-feira (18).
Em São Paulo, o Movimento Passe Livre organizou uma nova manifestação contra o aumento das tarifas do transporte público. No início da noite, houve tumulto em frente à prefeitura, promovido por uma minoria mais exaltada.
Tinta no rosto, tinta nos cartazes. Uma multidão colorida foi tomando conta da Praça da Sé, no centro de São Paulo, no meio da tarde.
Quanto mais o tempo passava, mais gente aparecia na concentração para passeata e parte do comércio decidiu fechar as portas.
Perto 17h, horário marcado para saída dos manifestantes, continuava chegando gente na Praça da Sé. As pessoas vão se aglomerando, se aproximando, perto da escadaria da Catedral que é onde está o centro do movimento
Segundo a Polícia Militar, 10 mil pessoas foram até o local. Naquele momento, o único tumulto registrado foi quando apareceu uma bandeira do Partido Comunista Revolucionário, o PCR.
O militante se recusou a baixar a bandeira e ela acabou arrancada. Pouco depois, o rapaz foi retirado aos gritos de "sem violência".
Passava das 17h40 quando parte dos manifestantes começou a caminhada, deixando o restante na Praça da Sé. E, assim como na segunda-feira, a passeata foi dividida: um grupo foi para um dos terminais de ônibus mais movimentados da cidade. E outro caminhou até a prefeitura, onde queimou um boneco que simbolizava o PT e o PSDB.
Depois, um grupo de manifestantes tentou invadir a prefeitura. A Guarda Metropolitana formou um cordão de isolamento e acabou acuada dentro do prédio.
Enquanto alguns manifestantes jogavam rojões na prefeitura e usavam as grades de ferro para tentar destruir o prédio, outros levantaram um pano branco para pedir paz.
Houve um momento de disputa entre dois grupos de manifestantes: os que queriam invadir a prefeitura e os que tentavam contê-los.
