Formul�rio de Busca

07/05/08 - 14h09 - Atualizado em 07/05/08 - 14h10

SPTrans não adota plano de emergência

Empresa alega que todas as linhas pararam e não havia como fazer a substituição.
Motoristas e cobradores de ônibus paralisaram suas atividades na manhã desta quarta.

Do G1, em São Paulo

Tamanho da letra

 

A SPTrans informou na tarde desta quarta-feira (7) que não implantou o Plano de Apoio Entre Empresas Frente a Situações de Emergência (Paese), em função a paralisação dos ônibus da capital paulista, porque ele só é adotado quando carros de outras linhas são colocadas para suprir as que estão paradas. Como toda a frota não circula, segundo a SPTrans, não havia como adotar o Paese.

Ainda de acordo com a companhia de transportes, as linhas permissionárias (antigas cooperativas) estão funcionando e tiveram seu itinerário estendido para atender a demanda maior de passageiros. A SPTrans calcula que, dos 27 terminais de ônibus da cidade, só três na Zona Norte não pararam. Outros tiveram o funcionamento prejudicado. Já no Expresso Tiradentes, no Centro, os ônibus não circularam.

 

 

  Transtorno

A paralisação dos motoristas e cobradores de ônibus, iniciada na manhã desta quarta, deixa os pontos lotados na Zona Sul de São Paulo. No início da tarde, passageiros estavam preocupados porque não sabiam como chegar ao trabalho. Os poucos ônibus que passavam seguiam lotados.

O porteiro Aílton de Queiroz Santana, de 23 anos, chegou ao ponto de ônibus pouco antes das 11h, mas ainda esperava pela condução por volta das 13h. “Eu sabia [da paralisação], mas falaram que ia começar às 11h. Cheguei às 10h45 e não encontrei nenhum ônibus. Até saí mais cedo de casa”, contou enquanto esperava em um ponto da Avenida Adolfo Pinheiro, na Zona Sul.

Os pontos próximos ao Largo 13 de Maio estavam lotados e as pessoas disputavam o espaço nas calçadas. Alguns passageiros foram pegos de surpresa, como a estudante Carmem Rosa, de 21 anos, que faz estágio em uma empresa. Por volta das 13h, quando já deveria estar no trabalho, ela ainda esperava o ônibus. “Eu não sabia, o pessoal [do ponto] que me falou”, disse. "Já avisei o chefe e daqui a pouco vou ter que avisar de novo."

 

Os passageiros recorriam aos microônibus e aos ônibus intermunicipais, que seguiam lotados. Os veículos das poucas linhas que ainda circulavam tinham o espaço muito disputado. Por volta das 13h15, um ônibus que faz a linha Jardim Herplin/Praça da Árvore parou em um ponto na Avenida Adolfo Pinheiro e partiu lotado – o motorista teve dificuldades para conseguir fechar a porta.

 

A paralisação, que começou às 11h, deve durar até as 14h, de acordo com o  Sindicato dos Motoristas e dos Trabalhadores do Transporte Urbano de São Paulo. A orientação do sindicato é que os ônibus que terminem a viagem sigam para as garagens. Na cidade, circulam 15 mil coletivos gerenciados pela SPTrans.

Os funcionários marcaram uma reunião em cada uma das 29 garagens da capital em uma assembléia informativa, segundo informou Saulo Isao, o Jorginho, presidente do sindicato. Ele está desde o início desta manhã em uma garagem da Vip/Itaim Paulista na região do Guarapirangam na Zona Sul de São Paulo.  

 

  Terminais vazios

A paralisação deixou vazios os terminais da cidade de São Paulo. De acordo com a SPTrans, às 11h não havia mais ônibus nos terminais Varginha, Parelheiros e Santo Amaro, na Zona Sul, e Penha e São Miguel, na Zona Leste. Muitos passageiros também buscavam no local meios de chegar ao trabalho.

 

No Terminal Santo Amaro, a operadora de telemarketing Maria Alexsandra Barbosa dos Santos, de 25 anos, ficou aflita por causa do horário do trabalho. "Eu cheguei às 10h30 para pegar o Terminal Bandeira e já não tinha mais", contou. Ela precisa chegar ao trabalho, no Centro de São Paulo, às 13h10. "Eu trabalho com telemarketing e uma hora que eu perco é descontada do meu salário", disse. A alternativa encontrada por ela foi pegar um trem e seguir até um ponto onde é possível a baldeação com o Metrô.

 

O pedreiro Clemente José da Silva, de 53 anos, não conseguiu voltar ao trabalho. Ele havia ido à Zona Sul para pegar um documento e, sem condução, decidiu ir para casa. “Eu consegui avisar [o chefe] e não tem problema”, disse.


  Aumento

A categoria exige reajuste com base no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), de 5,5%, mais aumento real de 5%. O salário de motorista é de R$ 1.279 e o de cobrador, R$ 738.

Eles também reivindicam aumento da participação nos lucros e resultados para um salário mínimo. Hoje os motoristas recebem R$ 300 e os cobradores, R$ 200, de acordo com o sindicato. A categoria pede também melhoria na cesta básica e no convênio médico.

 

Leia mais notícias de São Paulo

 

 

Enviar para amigo

Há problemas com o preenchimento do formulário.

A lista dos campos abaixo e assinalados em amarelo contém erro.

  •  

Há problemas com o preenchimento do formulário.

Preencha novamente o campo abaixo com o texto da imagem.

Sucesso!

Sua mensagem foi enviada com sucesso! Clique aqui para enviar uma nova mensagem ao G1.

Formulário de envio para amigo
  • separar os emails por vírgulas

  • limitado em 600 caracteres


histórico de Transporte

  1. » leia todas as notícias de Transporte




editorias


G1 especiais


serviços



Formulário de Busca


2000-2015 globo.com Todos os direitos reservados. Política de privacidade