Edição do dia 04/03/2013

04/03/2013 11h33 - Atualizado em 04/03/2013 11h33

Museu de Arte do Rio recebe operários que trabalharam na obra

Os artistas do concreto, que deram forma ao museu, levaram a família para o passeio especial. Com bons olhos, bem abertos, usufruiram da obra monumental que as mãos deles ajudaram a erguer.

O Museu de Arte do Rio, o MAR, abriu neste domingo (3) para receber os operários que trabalharam na obra. Os artistas do concreto, que deram forma ao museu, levaram a família para o passeio especial.

Na manhã azul, sob a onda de concreto que integra os prédios, chegam os visitantes do Museu de Arte do Rio. Muita gente de todas as idades, inclusive gente com quase nenhuma idade, como o bebê Gustavo.

“É importante trazer desde cedo, desde os primeiros passos à educação cultural”, afirma Tatiana de Lazzari.

Lá dentro, algumas das mais belas esculturas e pinturas da arte brasileira do século XIX até época contemporânea. São obras preciosas, privilégio de coleções particulares, à vista de todos em oito salas que dão um amplo panorama que encanta.

Para chegar a estas exposições - do nível dos melhores museus do mundo - centenas de operários trabalharam na restauração, recuperação, construção de estruturas, hidráulica, refrigeração, pintura

Neste domingo, esses operários vieram ao Museu de Arte do Rio conhecer a própria obra pronta. Um deles foi o pedreiro Alvenindo, que levou a mãe. Maria Amorim estava orgulhosa. “Olha que coisa linda. Ele que participou, muito bom”, disse.

“Tive o prazer de trabalhar no museu e estou contemplando as obras com muito prazer”, afirmou o pedreiro.

O artista de que ele mais gosta é Emiliano di Cavalcanti. “Foi um dos introdutores do modernismo no Brasil, na Semana de 22, essa é a razão porque eu admiro muito ele”, afirma.

O eletricista Eronildo França de Moura, junto ao filho Thiago, estava surpreso com tanta beleza. “É muito diferente, nunca sabia que ia ficar desse jeito, muito bonito”, conta.

Durante dois anos, José Barbosa Gonçalves trabalhou sem parar como mestre de obras. Uma semana antes, comentou: “Será uma honra e o maior prazer vir com a minha família visitar uma obra onde eu fiz parte”.

No domingo ele levou todo mundo. Seu Barbosa tem uma obra preferida: ‘O Morrinho’: “As comunidades realmente merecem ser olhadas com bons olhos”, afirma.

Com bons olhos, bem abertos, o mestre de obras, o eletricista, o pedreiro usufruem a obra monumental que as mãos deles ajudaram a erguer.

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