Parece pouco, ainda falta muito; mas, percebi uma tendência interessante nesta 5ª rodada do campeonato brasileiro.
Árbitros deixando o jogo correr, contatos físicos sem ser punidos, preocupação em agilizar o jogo. Seria somente uma sensação? Apelei aos números para comprovar meu sentimento. Mesmo que ainda esteja longe de ser um número para ser comemorado, nos 9 jogos disputados tivemos 271 faltas marcadas com média de quase 30 faltas por partida.
Pouco se compararmos com os outros campeonatos nacionais mas, se olharmos para o nosso próprio umbigo; tivemos uma diminuição de mais de 10% na rodada. Três jogos com menos de 30 faltas e um número máximo de 36 faltas.
Destaque para Cruzeiro e Coritiba com apenas 24 faltas e máximo para Corinthians e Figueirense com 36.
Resisti em escrever as próximas linhas mas, a equipe que menos fez faltas (Botafogo – 7) perdeu e a que foi mais faltosa (Figueirense – 24) venceu. Tomara que seja pura coincidência.
Os benefícios para o futebol são imediatos. Para os clubes, a média de amarelos caiu de 4,50 para 3,66 e com menos amarelos, menos gente punida. Para o futebol, mesmo que nenhum jogo tenha alcançado os tão sonhados 60 minutos de bola em jogo, Goiás e Botafogo chegou muito perto (59’36″).
Destaque negativo para Criciúma e Internacional com 44’27″, menos que um tempo de partida! Na média, os torcedores viram 55’20″ de bola rolando.
Ainda precisamos melhorar muito mas, parece que os árbitros deram o primeiro passo. Oxalá!
CONDUTA VIOLENTA E JOGO BRUSCO GRAVE
O lateral do Criciúma, Eduardo, foi expulso de forma justa ainda no final do primeiro tempo da partida contra o Internacional mas, creio que a discussão é válida. O árbitro do jogo não viu o lance e teve que ser informado pelo seu assistente sobre o fato. Aplausos ao bandeira que evitou que um atleta que cometeu uma conduta violenta prosseguisse no jogo. Mas a informação estava “meio certa”! Para sorte da equipe de arbitragem Eduardo já tinha amarelo e foi expulso por, conforme a súmula do jogo:
“Aos 43 minutos do primeiro tempo, fui informado pelo assistente de nº 2, sr carlos augusto nogueira junior, que o sr carlos eduardo santos oliveira de nº 2, da equipe do criciúma e.c., atingiu com seu braço esquerdo de maneira temerária o rosto de seu adversário de nº 12, sr alex raphael meschini, na disputa de bola.informo que o atleta infrator, já havia sido advertido com cartão amarelo anteriormente, recebendo assim sua segunda advertência e consequentemente o cartão vermelho.”
Você viu o lance?
Estou trazendo a jogada pois nesse caso o atleta será julgado pela segunda advertência quando na verdade, NA MINHA OPINIÃO, deveria ter recebido o vermelho direto e ser julgado por conduta violenta. Há uma diferença enorme nisso. Chamo a atenção principalmente por uma nova orientação da FIFA a respeito deste lance. Há pouco tempo atrás, este jogador era punido por jogo brusco grave pelo fato do lance ocorrer “na disputa da bola”; hoje, mesmo que a bola esteja em jogo e próxima a FIFA diz que a disputa da bola era feita com os pés e a “agressão” foi feita com o braço, alterando a natureza da falta. Parece pouco? Não é; uma falta de jogo brusco grave pode punir um atleta por bem menos jogos que a conduta violenta. Creio que Eduardo deve repensar seus atos…
AUXÍLIO LEGAL
A outra expulsão da rodada foi a de Fred, do Fluminense. Normalmente criticamos a omissão dos adicionais mas creio que neste fato, o árbitro adicional mandou bem. Você viu a expulsão?
O critério foi o mesmo para todos os 4 envolvidos. Pará e Fred, no primeiro lance. Conduta inconveniente e amarelo para os dois. Fred e Alan Ruiz no segundo lance. Conduta inconveniente e amarelo para os dois. O problema, para Fred foi que ele se envolveu em duas confusões de forma seguida.
Leia o relato dos cartões em súmula.
O 1º amarelo de Fred: Conduta antidesportiva por empurrar seu adversário de número 2 (senhor marcos rogério ricci lopes), com o jogo parado, antes de cobrança de tiro de canto.
O amarelo de Pará: Conduta antidesportiva por segurar seu adversário de número 9 (senhor frederico chaves guedes), com o jogo parado, antes de cobrança de tiro de canto.
O amarelo de Alan Ruiz: Reclamar com seu adversário de número 9 (senhor frederico chaves guedes) pela conduta do mesmo quando de sua advertência no lance com o atleta de número 2 do grêmio fbpa (senhor marcos rogério ricci lopes). tal fato me foi narrado pelo árbitro adicional número 1, senhor leandro júnior hermes, devido ao fato de eu estar de costas para tal atitude, não podendo observá-la.
O vermelho (2º amarelo) de Fred: Expulsei, por segunda advertência, o senhor frederico chaves guedes, da equipe do fluminense fc, por segurar com sua mão o pescoço de seu adversário de número 11 (senhor alan nahuel ruíz), empurrando-o para trás. tal fato me foi narrado pelo árbitro adicional número 1, senhor leandro júnior hermes, devido ao fato de eu estar de costas para tal atitude, não podendo observá-la.
Creio que tudo relatado e observado como ocorreu no campo de jogo. No tamanho certo e justo. Fred não poderia ser expulso diretamente por não ter “agredido” o adversário mas, também não poderia passar impune sua atitude.
OBS: Alguns torcedores do Fluminense me perguntam se Fred irá cumprir a automática já nesta 6ª rodada ou, pelo fato de se apresentar a seleção cumpriria só no retorno para o clube? Respondo: Vale, para a automática, a próxima partida do clube; portanto, a partir da 7ª rodada Fred estaria apto a entrar em campo (o julgamento é outra história).
Já são 13 o número de atletas expulsos nos 49 primeiros jogos da competição!