Alberto Giacometti

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Alberto Giacometti
Alberto Giacometti
Nascimento 10 de outubro de 1901
Borgonovo di Stampa
Morte 11 de janeiro de 1966 (64 anos)
Coira
Nacionalidade Suíça Suíça
Movimento(s) Expressionismo

Alberto Giacometti (Borgonovo di Stampa, 10 de outubro de 1901Coira, 11 de janeiro de 1966) foi um artista plástico suíço que se distinguiu pelas suas esculturas e pinturas surrealistas inicialmente e expressionistas posteriormente.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho do pintor Giovanni Giacometti (impressionista). Estudou em Genebra, Roma e a partir de 1922 em França

Alberto Giacometti nasceu em 1901, em Borgonovo, e morreu em 1966, em Chur. Inicia a sua formação em Genebra, deslocando-se em 1923 para Paris, onde estuda com Antoine Bourdelle. Nessa época conheceu alguns dos principais pintores dadaístas, cubistas e surrealistas que influenciaram o seu início de carreira.

Adere ao movimento surrealista entre 1930 e 1934, período em que produziu algumas obras fundamentais para a caracterização da escultura surrealista, como L'Heure des Traces (1930), O Palácio às Quatro da Manhã (1932) e Mãos Sustentando o Vazio (1934). Esta última escultura valeu-lhe a admiração de André Breton, o autor do Manifesto Surrealista.

O escritor James Lord posou para o último retrato de Giacometti e escreveu um livro sobre o escultor que foi transformado em filme dirigido por Stanley Tucci.[1]

Obra[editar | editar código-fonte]

Nos trabalhos realizados depois da Segunda Guerra Mundial, onde a figura humana protagoniza as suas pesquisas plásticas, Giacometti recupera a capacidade expressiva da imagem e do objecto, acompanhando a tendência neo-figurativa que, nestes anos, marca o percurso criativo de vários artistas plásticos. Esta representação do corpo humano marca o período mais original de Giacometti.

A recorrência dos temas e das soluções plásticas adoptadas resulta de um posicionamento teórico identificado com a filosofia existencialista, como o testemunha a amizade entre Giacometti e Jean-Paul Sartre.[2] O existencialismo na obra de Giacometti traduz-se numa essencialidade e numa repetição dos meios expressivos e dos gestos formais, que imprimem à figura humana uma significação fundamental: uma linha vertical confrontando com a horizontalidade do mundo. A deformação dramática das proporções, o alongamento das formas e a manipulação da superfície e da textura acentuam a materialidade dos objectos e a capacidade expressiva e poética da obra de arte. As personagens, isoladas ou em grupos, exprimem um sentido de individualismo e de descontextualização, acentuado pela própria escala das esculturas. Destacam-se, entre as inúmeras obras executadas durante o final da década de 40 e da década seguinte, as esculturas L'Homme qui marche, representado, actualmente, na nota de cem francos suíços. Também a escultura mais cara do mundo em 3 de Fevereiro de 2010, quando foi leiloada por 74.2 milhões de euros (1949) e La Femme au Chariot (1950).

Obsessão[editar | editar código-fonte]

A obsessão pela representação da figura humana revela-se também na sua produção pictórica e nos seus desenhos, onde a linha assume uma grande expressividade e liberdade na caracterização das formas e dos volumes.

Embora seja possível enquadrar as primeiras produções artísticas em correntes como o impressionismo, o cubismo e o surrealismo, torna-se difícil a classificação ou a inserção da obra tardia de Giacometti num movimento artístico definido, de onde ressalta o carácter marcadamente pessoal do seu percurso criativo.

Fundação Alberto Giacometti[editar | editar código-fonte]

A fundação Alberto Giacometti tem uma exposição permanente no Museu das Belas Artes de Zurique [3]

Referências

  1. «Final Portrait». IMDB. Consultado em 3 de dezembro de 2019 
  2. «A DISTÂNCIA AO ALCANCE DA MÃO». Ciência Hoje. 7 de abril de 2012. Consultado em 1 de dezembro de 2019 
  3. Fundação Giacometti no Museu das Belas Artes de Zurique (Fr)

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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