Lifestyle
Publicidade

Por Beatrice Stopa


Paola Antonini ainda sonha em voltar a ser modelo (Foto: Estevão Andrade) — Foto: Glamour
Paola Antonini ainda sonha em voltar a ser modelo (Foto: Estevão Andrade) — Foto: Glamour

Era pra ser uma viagem de sonhos com o namorado. Mas um acidente na porta de casa lhe custou uma das pernas e quase a vida. Duas amputações depois e ainda reclusa pelo risco de infecção, a modelo mineira Paola Antonini, 20 anos, fala à Glamour: “Prefiro não saber sobre a motorista que me atropelou e focar na recuperação. Não vejo a hora de pôr a prótese e voltar a andar!”


"Dia 26/12/2014. Acordei às 5h da manhã. Combinamos, meu namorado Arthur, eu e alguns amigos, de sair às 5h30. Íamos passar o réveillon em Búzios, litoral do Rio... Como estava escuro e a avenida de casa é movimentada pra caramba, pedi que o porteiro me acompanhasse até o carro do Arthur, estacionado bem ali na frente. Agradeci, dei um beijo nos dois amigos que iriam com a gente e fui colocar as coisas no porta-malas (...) E de repente... Ouvi um estrondo. Um clarão enorme me cegou. Foi tudo muito, muito rápido. Durou uma fração de segundo. Mas lembro com clareza de pensar, antes de ser jogada ao chão: “Meu Deus, e agora? O que vai acontecer comigo?”. Tive esse lampejo de consciência no meio daquela cena de horror. Uma motorista bateu na traseira do carro e esmagou minha perna no para-choque. Felizmente, o reflexo do Arthur foi rápido: ele se atirou na calçada pra não ser atingido. Eu não tive a mesma sorte".


"Mesmo atordoada, tive uma sensação de alívio instantânea. Estava viva e consciente. Tão consciente que sentia uma dor lancinante na perna esquerda. Impossível descrever essa dor. Era cortante, penetrante (...) Não sabia quanto tempo mais eu suportaria. Foram longuíssimos 45 minutos até o SAMU aparecer."

"Bem, a cirurgia durou 13 horas. Àquela altura, eu estava ansiosa pra saber quantos pinos eles haviam colocado. Perguntei, minha mãe desconversou (...) Às 6h, meus pais chegaram cabisbaixos dizendo que tínhamos que conversar. Perguntei, desconfiada: “É uma coisa que já aconteceu ou que ainda vai acontecer?”. Minha mãe, nervosa, respondeu que já tinham feito. Na hora entendi que haviam amputado minha perna".


"Não sinto raiva. Aliás, nem penso nisso. Melhor assim. Preciso focar na recuperação. Neste semestre, começo o curso de Comunicação Social na PUC Minas, com acompanhamento em casa até me recuperar e poder sair. Tenho ficado direto aqui, já que o risco de infecção ainda é grande. Faço fisioterapia diariamente pra estar 100% quando a prótese chegar. E quando isso acontecer vou tocar minha vida normalmente. Vou usar shorts, ir pra balada, postar fotos nas redes sociais e jamais esconder minha nova perna. E quero continuar minha carreira de modelo. Tomara que seja na Glamour, já imaginou?"

+ A história completa você pode conferir na Glamour de março, que chega em breve às bancas

Mais recente Próxima Canadá abre a primeira escola especializada em sereias! Oi?
Mais de Glamour