Foi aberta, em São Paulo, uma exposição que encanta os olhos e desperta a curiosidade.
Ela reúne trabalhos de um artista plástico chinês e inventos de camponeses da China que lembram criações do gênio Leonardo da Vinci.
Ele já encheu os olhos do mundo. Foi um dos criadores do espetáculo de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008. Agora, ele deixa intrigado e encantado quem circula pelo centro de São Paulo. Pendurados entre os prédios há máquinas de voar, submarinos, frases poéticas.
“Eu achei inusitado passar aqui e ver essa exposição”, disse uma mulher.
O artista Cai Guo-Qiang vai para a rua explicar que as máquinas que ele coleciona funcionam e foram construídas por inventores chineses, ‘Da Vincis do povo’, como ele diz.
“Camponeses sem técnica, sem nada, desenvolvem pela ideia e voa”, diz o economista Emanuel Campos Mota.
Há obras também no prédio dos Correios e dentro do Centro Cultural Banco do Brasil. Em dezenas de pipas, estão projetadas imagens dos agricultores que depois do trabalho duro constroem suas máquinas de voar, de sonhar, de brincar. Alguns robôs também foram feitos pelos Da Vincis chineses, com latas e gambiarras.
Também produz telas, e de grandes dimensões. Umas ele criou no Brasil, e se inspirou em dezenas de fotos que brasileiros postaram nas redes sociais. A técnica usada? Bem, ela é única e surpreendente.
O artista até usa pincéis e tinta, mas depois é a pólvora espalhada por ele sobre a tela que completa a obra.
Com toda a segurança, Tsai provoca explosões que imprimem o tema escolhido. No Brasil, ele pintou, ou explodiu, uma homenagem a Santos Dummont, as nossas escola de samba, nossas plantas e pássaros.
Ele me diz que a pólvora normalmente está associada à destruição e violência, mas aqui temos um exemplo de que ela pode contribuir para a beleza.
Depois de São Paulo, a exposição irá para o Rio de Janeiro.
