Processo de unificação

por Carlos Sarli
Trip #184

Novas regras no Mundial de surf visam dar mais dinâmica à competição ao longo da temporada

Novas regras no Mundial de surf serão implantadas ao longo da temporada e visam dar mais dinâmica à competição

Motivada ou não pela possível realização de um circuito alternativo, o Rebel Tour, ou Champions Surf Tour, como se especula chamar o circuito de Kelly Slater, que voltou a dar sinais de vida em dezembro, a ASP (Association of Surfing Professionals) anunciou importantes mudanças no World Tour (antigo WCT).
As novas regras visam esquentar a disputa e dar nova dinâmica ao circuito, que andava, na avaliação de muitos, repetitivo e pobre. Já nesta temporada o ranking será unificado, os pontos conquistados nos dois circuitos da ASP, World Tour e Qualifying Series (WQS), serão somados juntos. Cada surfista vai computar os oito melhores resultados no “One Ranking”, que definirá a formação da nova e mais limitada elite do esporte.

Na segunda metade desta temporada, provavelmente após a etapa do Taiti, o grupo da elite será reduzido de 45 para 32 atletas, que deverão (isso mesmo, o modelo ainda não está 100% definido e estará sujeito a ajustes ao longo do ano) ser renovados a cada três meses ou três etapas.

A partir de 2011, quando o sistema funcionará integralmente, o competidor substituirá os resultados do ano anterior, valendo os oito melhores dos últimos 12 meses. Mas o campeão do mundo continuará sendo definido apenas através dos resultados no World Tour.

Não são poucas as dúvidas: quantos pontos valerão uma etapa do WT? As do WQS, que já começam na próxima semana, têm o teto de 3.000 pontos. E a premiação, vai melhorar? Esse o principal ponto para justificar a possível criação do circuito “rebelde”. Os patrocinadores continuam os mesmos, cinco empresas de surfwear que bancam dez etapas, portanto, se melhorar não deve ser muito.

De qualquer forma, as mudanças projetam renovação entre os candidatos ao título, o que é animador, e são, no mínimo, um passo importante na construção de um circuito mais dinâmico, atraente e lucrativo para o esporte e atletas. Para os brasileiros, que terão o calendário mais rico da história do WQS, com 12 etapas e quase US$ 1,6 milhão em prêmios, as novas regras são estimulantes.

MUNDIAL PRO JUNIOR
Os 48 melhores surfistas sub 20 (mais 18 meninas) começam amanhã, na Austrália, a disputa do título. O time brasileiro foi reforçado com o convidado Gabriel Medina, que se junta a Jadson André, vice em 2009 e novo integrante do WT, e mais cinco. No feminino Suzã Leal e Gabriela Leite formam o time.
 
JOJÓ NA NIGÉRIA
Bicampeão brasileiro e professor de surfe, Jojó de Olivença está na África ensinando crianças carentes a deslizar nas ondas.
 
STREET SKATE
Carlos de Andrade, o Piolho, o primeiro campeão mundial do WCS em 2002, voltou a conquistar o título em 2009.

 

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