30/03/2012 08h31 - Atualizado em 30/03/2012 10h43

Funcionários de universidade no PR são suspeitos de falsificar diplomas

Pelo menos 28 servidores da UEL podem ter utilizado os documentos.
Diplomas falsos de 11 instituições eram utilizados para promoções internas.

Do G1 PR, com informações da RPC TV

A Polícia investiga um esquema de falsificação de diplomas que podem ter beneficiado servidores da Universidade Estadual de Londrina (UEL), no norte do Paraná. A própria instituição encaminhou a denúncia, após constatar possíveis irregularidades em diplomas utilizados para promoções de pelo menos 28 funcionários.

As suspeitas começaram na metade de 2011, desde quando a UEL passou a inspecionar as promoções, até chegar à lista dos 28 nomes. Pelo menos 11 instituições, incluindo a UEL, podem ter tido diplomas fraudados. Em alguns casos, há documentos da Universidade Estadual de Maringá (UEM) com carimbo da UEL, e assinatura de um reitor que já não está no cargo há seis anos. Alguns diplomas de supletivo são “fornecidos” por escolas que nunca ofereceram o curso, assinados por pessoas que nunca trabalharam nos locais.

De acordo com o delegado Marcos Paulo Rubira, a investigação deve demandar tempo para que seja concluída. “A questão principal é saber quem está falsificando para tentar retirar essa pessoa de circulação”, afirmou. A pena para fraude pode chegar a até seis anos de prisão.

A UEL também investiga o caso através de uma sindicância interna, que tem prazo de três meses para ser concluída, podendo ser prorrogada por mais dois. Os 28 funcionários seguem trabalhando normalmente, mas deixaram de receber o valor do reajuste. Eles poderão se defender na sindicância, mas se a fraude for compravada as sanções internas vão desde advertência simples até demissão por justa causa.