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Os quatro vigilantes acusados de terem participado do furto dos laptops da Petrobras no início deste ano foram interrogados nesta semana pela juíza Juliana Benevides de Barros, da 25ª Vara Criminal do Rio.
Em fevereiro, quatro laptops da estatal com dados sigilosos foram
furtados de um contêiner em Macaé, no Norte Fluminense. O
material estava sob a guarda da Halliburton, empresa americana
terceirizada da Petrobras, e chegou-se a cogitar a hipótese de
espionagem industrial. Os vigilantes presos eram funcionários da
BricLog, que prestava serviços de segurança no local.
Advogado de defesa de Cristiano da Silva Tavares,
Gabriel Moreira da Serra disse que, apesar de terem confessado
furtos, os vigilantes não formavam uma quadrilha. “O Cristiano
furtou um computador e está sendo imputado a ele
responsabilidade em todos os furtos na empresa desde o ano
passado”, disse.
A versão de que não houve formação de quadrilha é mantida pelos
advogados de Alexandro de Araújo Maia e Michel Mello da Costa,
que contam que seus clientes furtaram uma mochila cada um e,
nelas, estavam os outros três computadores. Entre os presos,
apenas Eder Rodrigues da Costa negou a participação no episódio.
Segundo os advogados, os vigilantes contaram que,
ao contrário do que se especulou na época da divulgação dos
furtos, o contêiner ficava aberto e qualquer um com acesso à
área poderia entrar.
"Não foi nada orquestrado. O contêiner estava aberto e cada
um entrou voluntariamente, sem combinação", conta o
advogado Maxwell Ramos Figueiredo, que defende Michel.
Na audiência, os advogados pediram a revogação da prisão
preventiva, o que foi negado pela juíza. As defesas esperam
agora a emissão da Folha de Antecedentes Criminais para refazer
o pedido.
As testemunhas de acusação deverão ser ouvidas no
próximo dia 30. “Nos autos constam, entre as testemunhas, dois
delegados, um papiloscopista, um funcionário da BricLog e um
homem que teria comprado um dos computadores de um dos
acusados”, afirma Gabriel.
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