Mato Grosso, 28 de Março de 2024
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Dedo de estátua do Centro de SP é devolvido para Prefeitura

12.07.2012
16:41
FONTE: G1

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  • Wellington Bezerra esteve na Praça Ramos nesta quinta-feira

O dedo de bronze da estátua Condor, da Praça Ramos de Azevedo, no Centro de São Paulo, foi devolvido à Prefeitura na manhã desta quinta-feira (12). Ele estava com o vendedor Wellintgton Paulino Bezerra Júnior, morador de Taubaté, no interior do estado, desde 2010, quando ele encontrou o objeto em outra estátua da praça.

A entrega foi realizada na sede do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) da Secretaria da Cultura, que fica na Avenida São João, a poucos metros de distância da Praça Ramos. "Se eu soubesse que era tão perto, poderia já ter trazido antes", disse Bezerra ao G1 nesta quinta. 

O vendedor encontrou o dedo médio da estátua durante uma visita à praça junto com sua namorada, há cerca de dois anos. “Eu subi em uma estátua para tirar foto com a minha namorada”, disse Bezerra. “Aí quando a gente estava indo embora, ela viu um negócio em cima de outra estátua, me mostrou e eu fui lá pegar.” Ele diz que, em um primeiro momento, achou que o objeto fosse um cachimbo de usuários de crack.

A figura, que fica ao lado do Theatro Municipal, faz parte de um conjunto de esculturas do arquiteto italiano Luiz Brizzolara. Segundo a tradição, a escultura dá sorte aos que tocam um dos dedos da mão esquerda. Por causa disso, o estado de desgaste nesta área era bem mais acentuado do que no resto da obra. Ela deverá ser restaurada nos próximos dias. "Que a sorte volte agora para todo mundo que passa por lá", disse Bezerra.

Até a divulgação de a peça ter sido encontrada, a secretaria não havia previsão sobre quando a escultura seria reformada. Nesta quinta, o órgão mostrou ao G1 que um documento que havia sido elaborado para que fosse feito um orçamento da peça extraviada. "Ainda bem que o original voltou", disse Letícia Bandeira de Melo, diretora do setor de restauração do DPH.

Na mochila
Bezerra disse, que após pegar o item, colocou-o dentro de sua mochila, sem saber que se tratava do dedo da estátua Condor. “Não que eu vi era um dedo e com pressa fui embora”, contou. “Coloquei na mochila para não deixar lá abandonado.”

De acordo com o vendedor, ele só ficou sabendo da história do dedo após um amigo lhe dizer sobre a repercussão da notícia divulgada no início deste mês. Nesta segunda-feira (9), ele postou um vídeo no Youtube contando a história dele. “Eu já tinha até combinado com a minha namorada de voltar lá na Copa de 2014 e colar o dedo com durepox”, disse ele ao G1. Nesta quinta, ele esteve novamente na praça e conferiu o local exato de onde o dedo havia sido retirado.

Bezerra garantiu que, embora haja a lenda da sorte sobre o dedo, nos dois anos em que esteve com o objeto não ganhou muitas coisas. "Ele ficou na estante da sala da minha casa esse tempo todo, mas não me trouxe muita sorte não", garantiu. "Todo mundo me perguntava o que era e eu contava a história, mas só fiquei sabendo dessa lenda quando surgiu a notícia."

"Espero que agora a sorte volte para todo mundo", brincou. "Eu não posso ficar com a sorte de todos os brasileiros paulistanos para mim." A Secretaria de Cultura prometeu enviar para Bezerra um documento de reconhecimento e agradecimento pela atitude do vendedor.

Homenagem
A estátua avariada é parte de uma série em homenagem à música, à poesia e a alguns dos personagens das óperas mais famosas do compositor e maestro Antônio Carlos Gomes.

Feita em 1922, ela retrata uma figura masculina inclinada sobre o corrimão da escada na Praça Ramos de Azevedo, que dá acesso ao Vale do Anhangabaú, e é inspirada no personagem principal da ópera Condor.


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