Mino Carta

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Mino Carta
Mino Carta
Nome completo Demetrio Carta
Nascimento 6 de setembro de 1933 (90 anos)
Gênova, Itália
Nacionalidade ítalo-brasileiro
Ocupação
Cônjuge Maria Angélica Presotto
Filho(s) Gianni Carta
Manuela Carta
[blogdomino.com.br [ligação inativa][1] Site oficial]

Demetrio Carta[2] (Gênova, 6 de setembro de 1933) é um jornalista, editor, escritor e empresário ítalo-brasileiro.[3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascido na Itália, chegou a São Paulo em 1946 e escreveu sobre esse período:

Carreira[editar | editar código-fonte]

Em 1951, prestou vestibular e ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, constando de sua ficha de matrícula ter nascido em 3 de setembro de 1933. Cursou os primeiros anos, mas abandonando o curso, não chegou a se formar.

Carta dirigiu as equipes de criação de publicações que fizeram história na imprensa brasileira, como Quatro Rodas, o Jornal da Tarde, Veja, IstoÉ e CartaCapital, da qual ainda é diretor de redação. Dos jornais que ajudou a fundar, apenas um não prosperou: o Jornal da República, fundado junto com Cláudio Abramo, foi fechado por problemas financeiros.[5] Mantinha um blog pessoal, que desativou por discordância com as políticas econômica e ambiental do governo, e por causa da atuação no caso Cesare Battisti,[1] do qual era um dos mais ferrenhos opositores.[6]

No ano de 2016, Mino Carta é referido em áudio do ex-presidente Lula que admite encomendar a este um artigo sobre o autoritarismo. Artigo que, segundo Lula, era necessário para abrir os olhos do brasileiros sobre o que estava ocorrendo no Brasil.[7][8]

Apesar de sua postura crítica também ao governo Lula, Carta se posicionou firmemente contra o impeachment da Presidente Dilma Rousseff, qualificado por ele como "o pior golpe que o Brasil sofreu"[9] e tece acusações contra o Juiz Sérgio Moro.[10]

Livros publicados[editar | editar código-fonte]

Em 2000, lançou o livro O Castelo de Âmbar,[11] em que emprega sua verve num projeto literário-biográfico cuja personagem principal, Mercúcio Parla (um "homem extraordinário", segundo sua secretária Camomila), pode ser seu alter ego e no qual relata, de modo cáustico, o que considera o relacionamento promíscuo entre governantes, jornalistas e "barões da imprensa" durante quase meio século da história recente brasileira. Escrito como um romance de ficção, permite vislumbrar-se a realidade; assim Ausônia seria a Itália e a rua Áurea na Capital da Comarca seria a rua Augusta em São Paulo.

Em 2003, publicou A Sombra do Silêncio, continuação de O Castelo de Âmbar,[11] no qual Mercúcio Parla se encontra, na Rua Áurea, com Cuore Mio, "a moça mais risonha do bairro", iniciando assim um romance que seria o "único e autêntico amor de suas vidas".

Publicações[editar | editar código-fonte]

(lista parcial)

  • O Castelo de Âmbar. São Paulo: Editora Record, 2000. ISBN 8501060208 (romance)
  • Histórias da Mooca, com as bençãos de San Gennaro. São Paulo, Editora Berlendis & Vertecchia, 1ª edição.
  • O Restaurante Fasano e A Cozinha de Luciano Boseggia, em parceira com FASANO, Rogério. São Paulo: Editora DBA. 2ª edição, 1996.
  • A Sombra do Silêncio. São Paulo: Editora Francis, 2003. ISBN 8589362191 (romance)
  • O Brasil. São Paulo: Editora Record, 2013.
  • A vida de Mat. São Paulo: Editora Hedra, 2016.

Prêmios e títulos[editar | editar código-fonte]

É doutor honoris causa pela Faculdade Cásper Líbero.

Em novembro de 2006 Mino recebeu o prêmio de Jornalista Brasileiro de Maior Destaque no Ano da Associação dos Correspondentes da Imprensa Estrangeira no Brasil (ACIE).[12]

Referências

  1. a b «Jornalista Mino Carta critica Lula e se despede de blog e revista». Diário Catarinense. 6 de fevereiro de 2009. Consultado em 30 de dezembro de 2011 
  2. «Controverso e respeitado, Mino Carta continua se reinventando no mercado jornalístico». Portal Imprensa. Consultado em 1 de novembro de 2018 
  3. «As várias cartadas de Mino». UEL. Consultado em 22 de março de 2013 
  4. Carta, Mino. (janeiro de 2007). «O caminho do Hades» 428 ed. Revista CartaCapital. Consultado em 30 de dezembro de 2011. Arquivado do original em 27 de setembro de 2007 
  5. «A história do Jornal da República». Observatório da Imprensa. 17 de agosto de 2004. Consultado em 30 de dezembro de 2011. Arquivado do original em 12 de novembro de 2011 
  6. Martins, Rui (9 de junho de 2011). «Bem-vindo ao Brasil, Battisti» 4381 ed. Correio do Brasil. Consultado em 30 de dezembro de 2011. Arquivado do original em 17 de agosto de 2011 
  7. «Lula relata que pediu para Mino Carta escrever artigo com críticas a Sérgio Moro». Portal Comunique-se. Consultado em 1 de novembro de 2018 [ligação inativa]
  8. «Lula confessa encomendar artigo para Mino Carta». archive.is/1ms2A. Consultado em 1 de novembro de 2018 
  9. Afiada, Conversa. «Mino: é o pior Golpe que o Brasil sofreu». Conversa Afiada 
  10. «Golpistas são hipócritas, idiotas ou ambas as coisas». Mino Carta. TV Carta. Consultado em 1 de novembro de 2018 
  11. a b Moraes Neto, Geneton (18 de março de 2004). «Os Mandamentos de Jornalista Segundo Mino carta: Fidelidade, Canina aos Fatos, Espírito Crítico, Fiscalização do Poder.». Site Geneton. Consultado em 30 de dezembro de 2011 
  12. «"Jornalista do ano": Mino Carta recebe prêmio da Associação de Correspondentes Estrangeiros». Portal Imprensa. 4 de dezembro de 2006. Consultado em 30 de dezembro de 2011 [ligação inativa]
Wikiquote
Wikiquote
O Wikiquote possui citações de ou sobre: Mino Carta